Ténis. João Sousa ainda encostou Djokovic à rede

Ténis. João Sousa ainda encostou Djokovic à rede


Número um português somou a 19.º derrota frente a um top-10 e continua sem conseguir vencer um dos Big Four


“Por vezes é preciso ter um pouco de sorte. Ainda não chegou, mas acredito que vou conseguir”. As palavras são de João Sousa, o número um do ténis português, que mais uma vez caiu na madrugada de domingo aos pés do incontestado líder do ranking mundial e continua sem vencer um dos tenistas do Big Four. Pela terceira vez, Sousa ficou pelo caminho frente a Djokovic, desta vez na 3.ª ronda do Miami Open, o segundo Masters 1000 da temporada.

Sim, ainda nem conseguiu ganhar um set, mas desta vez as coisas foram diferentes. Durante uma hora, o melhor português de sempre bateu-se de igual para igual com o melhor do mundo nos últimos tempos. Chegou mesmo a colocá-lo em sentido. O problema é que as pilhas só duraram até ao 4-4 do primeiro set, altura em que falhou quatro game-points.

Erros que lhe custaram caro. Djokovic aproveitou para equilibrar o court e aumentar a intensidade do seu jogo, até então irregular. O resultado acaba por ser o esperado, não espelhando a determinação e a atitude de Sousa ao longo de uma hora e 18 minutos: 6-4 e 6-1.

“As condições não estavam fáceis e isso notou-se. O momento decisivo foi no 4-4, em que tive algumas bolas para me colocar por cima e duas delas foram ligeiramente fora. A partir daí ele tornou-se mais agressivo e eu fisicamente podia ter estado melhor”, afirmou o português no final do encontro.

Do outro lado da rede, o sérvio não poupou nos elogios: “Ele fez-me jogar. Fez-me forçar bastante no segundo set porque ele estava a jogar bem em cima da linha e a apanhar a bola muito cedo, de forma eficiente, coisa que eu não estava à espera. Pensava que ela ia jogar mais recuado no court”, explicou em conferência de imprensa.

Apesar da 19.ª derrota em 19 partidas frente a um top-10, Djokovic fez questão de dar um caloroso abraço a João Sousa no final. Um momento que não passou em branco. “Já treinei várias vezes com o Novak, não sei se somos amigos mas há um bom ambiente entre nós e as nossas equipas. No último ponto ele teve alguma sorte e o abraço saiu-nos assim”, explicou o número um nacional.

Segue-se o ATP 250 de Marraquexe, em Marrocos, onde Sousa vai ser cabeça-de–série.