Os ministros deste governo socialista, apoiado por bloquistas e comunistas, fazem não só questão de aparecer todos os dias como já habituram os cidadãos a algumas gafes e tentativas de serem os donos dos hábitos e costumes dos portugueses. Recentemente, o ministro da Economnia pediu às empresas de tranporte rodoviário para não abastecerem os seus veículos em Espanha por uma questão de patriotrismo. Ontem foi a vez do ministro do Ambiente, que está ameaçado com processos por causa da reversão das concessões dos transportes públicos de Lisboa e Porto a empresas privadas, ter recomendado aos cidadãos para beberem água da torneira porque é muito mais barata, como se os consumidores fossem irresponsáveis que não sabem o que devem fazer com os seus orçamentos familiares.
As afirmações foram feitas no Cartaxo quando Matos Fernandes assistia ao lançamento da primeira pedra da remodelação da Estação de Tratamento de Água de Vale da Pedra, um investimento de 13 milhões de euros, o maior atualmente em curso por parte da EPAL — Empresa Portuguesa das Águas Livres, do Grupo Águas de Portugal. O governante classificou o projeto como “importantíssimo” para preservar a qualidade da água para consumo. A obra, a iniciar-se este mês e com um prazo de execução de 970 dias, irá permitir a reabilitação e modernização da Estação de Tratamento de Água de Vale da Pedra, uma infraestrutura construída em 1963 que teve a sua última remodelação em 1976 e que serve para tratar a água que é captada no rio Tejo junto a Valada.
O presidente do conselho de administração da EPAL, José Sardinha, referiu que a obra irá permitir aumentar a eficiência do sistema, melhorar a qualidade da água e elevar os níveis de segurança dos trabalhadores, representando o maior investimento atual de uma empresa que serve três milhões de consumidores. O ministro salientou que a água da torneira é “500 vezes mais barata que a engarrafada”, sendo investimentos como o que hoje se inicia fundamentais para garantir a perenidade de uma qualidade que já é atualmente garantida aos consumidores.
João Matos Fernandes insistiu na necessidade de os sistemas existentes no país sem a capacidade técnica e comercial apresentada pela EPAL se tornarem sustentáveis, lembrando o desafio lançado na terça-feira, Dia Mundial da Água, para que os municípios com continuidade geográfica se agreguem (abrangendo um mínimo de 80.000 a 100.000 habitantes) e criem sistemas sustentáveis do ponto de vista financeiro e técnico. O ministro destacou o “número expressivo” de municípios que continuam a apresentar “uma quantidade muito grande de água não faturada”, ou seja, que é comprada e não é vendida, fator que não se deve apenas a “um problema de canos rotos e condutas velhas”.
Garrafas para daltónicos Para celebrar a Dia Mundial da Água, na terça-feira passada, a EPAL anunciou as garrafas ‘Fill Forever’. Trata-se de uma edição de garrafas que podem ser utilizadas por todos, com especcial atenção para os daltónicos.
Para ajudar a população daltónica, foi desenvolvido um código universal que recorre a símbolos específicos para cada cor. Em Portugal, cerca de 5% da população sofre de daltonismo. A nível mundial, a condição estende-se a uma em cada quatro crianças e a um total de 350 milhões de pessoas.
Estas garrafas são de produção 100% nacional e a ideia foi galardoada no ano passado com o prémio IF Design Award. Estão disponíveis em várias cores e estão à venda na Sede da EPAL na Avenida da Liberdade e nos diversos núcleos do Museu da Água.