Quando, em novembro de 2015, os atentados em Paris provocaram mais de uma centena de mortos, muitos questionaram que impacto poderia isso ter na economia mundial. Por esta altura, na cimeira do G20 em Antália, Turquia, ficou sublinhado que o avanço do terrorismo poderia vir a ameaçar os esforços de estímulo ao crescimento sustentável do PIB mundial.
Também os atentados desta terça-feira poderão afetar os preços do petróleo, o turismo e até mesmo a confiança dos investidores, algumas consequências que também se verificaram depois dos atentados em Paris.
Para vários economistas, é difícil analisar as consequências imediatamente depois dos atentados, mas é previsível que venham a existir. “O aumento dos atos de terrorismo mina a manutenção da paz internacional e a segurança e ameaça os esforços em andamento para fortalecer a economia global e garantir o crescimento e o desenvolvimento sustentáveis”, explicavam, na sequência do massacre em França.
Para os economistas em geral, os impactos podem ser os mais variados e relacionados com as mais diferentes áreas. “Por exemplo, decidem mandar tropas para a Síria, há aumento de gastos públicos e tendência de alta da inflação e do preço do petróleo. Já se forem tomadas medidas de restrição na circulação de pessoas, os possíveis efeitos serão no mercado de trabalho”, explica Luiz Carlos Prado, professor de um instituto de economia brasileiro. O setor do turismo costuma ser um dos mais afetados a curto prazo.
