Sharapova. O advogado acredita na inocência, Serena elogia coragem

Sharapova. O advogado acredita na inocência, Serena elogia coragem


A Federação russa tinha advertido que o meldonium passaria a ser proibido a partir de dia 1 de janeiro


A Federação Russa de Atletismo, provisoriamente sancionada de toda a competição por doping e que pode falhar a presença nos próximos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, disse que advertiu em “várias ocasiões” os seus desportistas, treinadores e equipas técnicas que o meldonium entraria na lista de susbtâncias proibidas pela Agência Mundial de Antidopagem (AMA) a partir do dia 1 de janeiro. Mas Sharapova diz que não sabia. Em que ficamos?

“Se Sharapova não lê as cartas da Federação Internacional de Ténis, os membros da sua equipa deviam fazê-lo. Estamos a falar de coisas demasiado importantes”, disse à BBC Jeff Tarango, antigo treinador de Maria Sharapova.

Já o advogado da tenista russa mostrou-se confiante de que vai conseguir atenuar o castigo da atleta, que deu positivo por meldonium num controlo realizado durante o Open da Austrália. “Não há qualquer evidência de que isto foi intencional por parte da Maria, o que imediatamente reduz o castigo para um máximo de dois anos. Acredito que há fatores atenuantes substanciais para pedir uma redução para uma pena inferior a dois anos”, defendeu John J. Haggerty ao Daily Telegraph. Uma das estratégias do advogado da russa passa agora por pedir um Certificado de Uso Terapêutico (TUE), que lhe permita usar a substância legalmente. “O historial médico da Maria, que será apresentado à Federação Internacional de Ténis (ITF), comprovará que o tratamento era necessário e recomendado pelo médico. E a dose que a Maria tomava era substancialmente inferior à dosagem atribuída aos efeitos de melhoramento desportivo do mildronate”, disse Haggerty.

Ontem foi o dia de Serena Williams, número um do ténis mundial, elogiar a honestidade e coragem de Sharapova, por tornar público o seu controlo antidoping positivo.

“A maioria das pessoas ficaram surpresas e em choque mas, ao mesmo tempo, contentes porque ela foi franca, muito honesta e demonstrou muita coragem ao admitir o que fez”, defendeu a norte-americana.