Lisboa é a 42.a cidade com mais qualidade de vida no mundo, de acordo com um ranking liderado por Viena, na Áustria, divulgado ontem, que classifica cidades quanto às condições em que vivem os seus habitantes.
O “Estudo de Qualidade de Vida”, da consultora Mercer, analisou a qualidade de vida em 221 cidades de todo o mundo, tendo Nova Iorque (Estados Unidos) como termo de comparação, e concluiu, pelo segundo ano consecutivo, que Viena é a cidade com maior qualidade de vida do mundo.
Lisboa, a única cidade portuguesa analisada, encontra-se no 42.o lugar no ranking global de qualidade de vida, uma posição abaixo do ano passado.
No top 10 estão oito cidades da Europa: Viena, Zurique (2.o), Genebra (8.o) e Berna (10.o), na Suíça, Munique (4.o), Düsseldorf (6.o) e Frankfurt (7.o), na Alemanha, e Copenhaga (9.o), na Dinamarca. Nas dez primeiras estão também uma cidade da América do Norte – Vancouver (5.o), no Canadá – e outra da Oceânia – Auckland (3.o), na Nova Zelândia.
As cidades com o nível mais baixo são Cartum, no Sudão (217.o), N’Djamena (218.o), no Chade, Port-au-Prince (219.o), no Haiti, Bangui (220.o), na República Centro-Africana, e Bagdade (221.o), no Iraque.
As condições de vida nas cidades são analisadas anualmente tendo em conta 39 critérios, agrupados em dez categorias, nomeadamente o ambiente social, económico e político, fatores médicos e sanitários, escola e educação, serviços públicos e transportes, entretenimento, bens de consumo, habitação e o clima.
Este ano, além das cidades com maior qualidade de vida, o estudo da Mercer identifica as cidades com a classificação de infraestruturas mais elevada, tendo por base critérios como eletricidade, disponibilidade de água, telefone, correio, transportes públicos, trânsito e eficiência aeroportuária do país.
Neste ranking, Singapura, cidade-Estado do Sudeste asiático, surge em primeiro lugar, seguida por Frankfurt (2.o) e Munique (3.o). Lisboa ocupa a 76.a posição.
Segundo a Mercer, o estudo visa “ajudar os governos e empresas multinacionais a remunerarem os colaboradores de forma justa quando são destacados para o exterior”.
Novo recorde de turistas Portugal atingiu no ano passado um novo recorde no turismo e passou até uma marca simbólica. O país recebeu pela primeira vez mais de dez milhões de hóspedes estrangeiros, fazendo com que o país tenha quase tantos habitantes como turistas de fora do país.
Em 2015, os estabelecimentos hoteleiros registaram um total de 17,4 milhões de hóspedes, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os estrangeiros são a maior parte deste grupo. O organismo registou 10,15 milhões de hóspedes estrangeiros, um valor muito próximo do total da população portuguesa, que está atualmente em 10,37 milhões, também de acordo com o INE.
Em média, cada um dos hóspedes estrangeiros ficou em torno de três noites no país, o que faz com que tenha havido um total de 34 milhões de dormidas de estrangeiros em estabelecimentos portugueses.
O grupo com mais peso nas dormidas em Portugal foi o Reino Unido, como habitual, mas foi da Alemanha e da França que vieram as maiores taxas de crescimento, com variações a dois dígitos.
As regiões do Algarve e de Lisboa continuam a estar no topo das preferências dos turistas, mas os maiores crescimentos verificam-se nos Açores, no Norte e no Alentejo.