O minuto 62 foi de tensão. No estádio do Gijón os espetadores sustiveram a respiração: o árbitro acabara de marcar penálti para o Barcelona, e já sabemos o que isso pode querer dizer. Na última vez que isso aconteceu, Messi inventou um truque da cartola e em vez de rematar fez um passe para o lado – foi Luis Suárez que marcou. Isto aconteceu há poucos dias no Camp Nou frente ao Celta. Agora a vítima era o Sporting de Gijón.
Desta vez foi Suárez a marcar a grande penalidade. Sem truques, falhou. O guarda-redes Cuéllar tinha dito que não tinham ligado nenhuma ao lance e nem sequer tinham treinado para isso. Fez bem. Atirou-se e defendeu o remate do uruguaio. Apesar do momento heróico, de pouco serviu a Cuéllar e ao Gijón – já havia 1-2 e Suárez haveria mesmo de marcar o 1-3 cinco minutos depois. E seria este o resultado final.
Para trás, dois golos de Messi – fez o 0-1 e o 1-2. O 1-1 ficou a cargo de Carlos Castro, mas até aqui os adeptos do Sporting só tiveram 122 segundos para festejar, já que Messi desfez logo a igualdade.
Isto só foi bom para o Barcelona. E para os seus. Messi atingiu os 300 golos (chegou mesmo aos 301 em 334 jogos) e é o quinto a conseguir chegar às três centenas de golos nas cinco ligas mais importantes da Europa (Espanha, Itália, França, Inglaterra e Alemanha). Só Greaves, Müller, Bloomer e Dean o conseguiram. O argentino marcou 172 golos em 167 jogos em Camp Nou e 129 nos encontros fora. Bueno, em todas as competições a coisa muda de figura: em 511 partidas marcou 439 goles desde que se estreou oficialmente a 16 de outubro de 2004 contra o Espanyol (0-1) em Montjuïc para a Liga espanhola. Tinha 17 anos, 3 meses e 22 dias.
Isto tudo para se dizer que tanto golo dá vitórias e lideranças. Suárez marcou mais um, leva 11 golos nos últimos seis jogos e totaliza 24, mais três que CR.