Qual é a estratégia?


Se perguntarem aos nossos líderes qual é a estratégia para o país, qual será a resposta?


Tirando os chavões do crescer, criar emprego e riqueza (quem não quer?), qual deles dará efetivamente uma resposta objetiva? Honestamente – mesmo que com demagogia ao barulho –, qual dos últimos primeiros-ministros assumiu esse papel? Qual foi o que nos indicou um rumo, um ou mais objetivos e uma estratégia para o alcançar? Por mais simples ou absurdos que fossem, mas que mobilizassem o país?

Não! As bocas do sr. Silva sobre o desígnio do mar não contam! Eram apenas isso: bocas! Vindo de quem! Do homem que aniquilou a indústria do mar em Portugal! Poupem-me!

A única vez que me lembro de haver uma estratégia para o país – e honra lhe seja feita – foi com Sócrates e o plano tecnológico. Foi definido um rumo e criadas etapas. E ao longo do processo iam-se tomando medidas concretas tendo em vista o objetivo final: tornar Portugal um exemplo ao nível do conhecimento, tecnologia e inovação.

Morreu pouco depois! Porquê? Porque era a estratégia de Sócrates, ou do PS, vá! Porque muda um governo e tudo o que está para trás é para deitar para o lixo, salvo se não for de todo possível ou por conveniência de interesses cruzados.

E a verdade é esta. Não há estratégia em (e para) Portugal. Não há um acordo de regime entre as diferentes forças do país que permitam estabelecer uma base comum de entendimento. Não há acordo? Não há discussão sequer!

Será assim tão difícil que partidos políticos e principais entidades da sociedade cheguem a (já nem digo acordo) uma base de entendimento sobre o que pretendemos para o país? E que, definida essa base, ela tenha de ser respeitada por quem quer que o governe?

Hoje, quem governa limita-se a gerir Orçamentos e sensibilidades para (e de) Bruxelas. Os exercícios orçamentais dos últimos anos resumem-se a isso. Olha-se para o défice e depois, numa folha de excel onde estão assinaladas as receitas nas mais variadas rubricas, vamos aumentando percentualmente e avulso impostos e taxas por forma a obter o défice pretendido. Garanto-vos que é isto. Pouco importa se o aumento da gasolina vai retrair o consumo ou afetar a competitividade do transporte das nossas exportações. O importante é que o valor da célula de resultado da folha de excel fique dentro do valor que Bruxelas pretende.

Não saímos disto. Vai cada um correndo para seu lado, ziguezagueando conforme o interesse alheio e gerindo à merceeiro um país que tinha tudo para dar certo!


Qual é a estratégia?


Se perguntarem aos nossos líderes qual é a estratégia para o país, qual será a resposta?


Tirando os chavões do crescer, criar emprego e riqueza (quem não quer?), qual deles dará efetivamente uma resposta objetiva? Honestamente – mesmo que com demagogia ao barulho –, qual dos últimos primeiros-ministros assumiu esse papel? Qual foi o que nos indicou um rumo, um ou mais objetivos e uma estratégia para o alcançar? Por mais simples ou absurdos que fossem, mas que mobilizassem o país?

Não! As bocas do sr. Silva sobre o desígnio do mar não contam! Eram apenas isso: bocas! Vindo de quem! Do homem que aniquilou a indústria do mar em Portugal! Poupem-me!

A única vez que me lembro de haver uma estratégia para o país – e honra lhe seja feita – foi com Sócrates e o plano tecnológico. Foi definido um rumo e criadas etapas. E ao longo do processo iam-se tomando medidas concretas tendo em vista o objetivo final: tornar Portugal um exemplo ao nível do conhecimento, tecnologia e inovação.

Morreu pouco depois! Porquê? Porque era a estratégia de Sócrates, ou do PS, vá! Porque muda um governo e tudo o que está para trás é para deitar para o lixo, salvo se não for de todo possível ou por conveniência de interesses cruzados.

E a verdade é esta. Não há estratégia em (e para) Portugal. Não há um acordo de regime entre as diferentes forças do país que permitam estabelecer uma base comum de entendimento. Não há acordo? Não há discussão sequer!

Será assim tão difícil que partidos políticos e principais entidades da sociedade cheguem a (já nem digo acordo) uma base de entendimento sobre o que pretendemos para o país? E que, definida essa base, ela tenha de ser respeitada por quem quer que o governe?

Hoje, quem governa limita-se a gerir Orçamentos e sensibilidades para (e de) Bruxelas. Os exercícios orçamentais dos últimos anos resumem-se a isso. Olha-se para o défice e depois, numa folha de excel onde estão assinaladas as receitas nas mais variadas rubricas, vamos aumentando percentualmente e avulso impostos e taxas por forma a obter o défice pretendido. Garanto-vos que é isto. Pouco importa se o aumento da gasolina vai retrair o consumo ou afetar a competitividade do transporte das nossas exportações. O importante é que o valor da célula de resultado da folha de excel fique dentro do valor que Bruxelas pretende.

Não saímos disto. Vai cada um correndo para seu lado, ziguezagueando conforme o interesse alheio e gerindo à merceeiro um país que tinha tudo para dar certo!