Segundo o PSD, o plenário transformou-se num ajuste de contas contra o Presidente que abandonará Belém no dia 9 de Março.
"É lamentável o ajuste de contas com o Presidente", atacou o deputado social-democrata Fernando Negrão, depois de a deputada socialista ter feito duras críticas à forma como Cavaco conduziu o processo.
Sandra Cunha do BE atacou as dúvidas do Presidente sobre o fim da consulta psicológica obrigatória para as mulheres que recorrem à interrupção voluntária da gravidez, considerando um "atentado à auto-determinação" obrigar alguém a ser submetido a um acto médico que não deseja.
Mais, a deputada do BE diz não entender por que motivo Cavaco põe em causa a salvaguarda do direito das crianças na adopção por casais do mesmo sexo, uma vez que os homossexuais candidatos a adoptar passam exactamente pelos mesmos processos de selecção que os indivíduos solteiros ou os casais heterossexuais.
Para a deputada do PCP Paula Santos, os vetos do Presidente revelam "um profundo revanchismo" e não dúvidas concretas sobre os diplomas em causa.