José Veiga vai ficar em prisão preventiva. O juiz de instrução Carlos Alexandre aplicou a medida de coação mais apertada ao empresário.
Paulo Santana Lopes ainda passará a noite no estabelecimento prisional anexo às instalações da Polícia Judiciária, mas ficará depois em prisão domiciliária com aplicação de pulseira electrónica.
A terceira detida no âmbito da Operação Rota do Atlântico, Maria de Castro Barbosa, fica em liberdade.
Em causa, neste processo estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e participação económica em negócio na compra e venda de ações de uma instituição financeira estrangeira.
Os três arguidos foram detidos na quarta-feira e foram presentes ao juiz de instrução para prestar declarações. Maria de Castro Barbosa foi primeira a ser interrogada por Carlos Alexandre. Começou a ser ouvida na quinta-feira, seguindo-se Santana Lopes, no dia seguinte. Só no sábado à tarde José Veiga teve oportunidade de colaborar com a investigação. E fê-lo durante mais de 15 horas, até ao final da noite de domingo.
Rogério Alves, advogado do empresário, dava conta da vontade de Veiga de colaborar com a justiça, mas mesmo assim o empresário acabou por ver ser-lhe aplicada a medida de coação mais grave. O perigo de fuga estará particularmente presente neste caso, uma vez que o empresário tem residência fiscal no Congo desde 2009 e facilmente poderia viajar até àquele país africano, ficando a salvo da intervenção da justiça.
Notícia atualizada às 19h38