A soberania, segundo a esquerda


Desde que este PS chegou ao governo, com o apoio dos comunistas e dos bloquistas, que as taxas de juro, que o Estado português paga pelo dinheiro que pede emprestado para funcionar, têm estado a subir. 


O que está a segurar o país é o BCE que está a comprar  dívida pública portuguesa. Caso não o fizesse, os juros subiriam numa espiral forçando António Costa e Mário Centeno a repetir o gesto de Sócrates e Teixeira dos Santos e pedir nova intervenção da troika.

No entanto, até a compra de dívida pública por parte do BCE não é certa. Ou melhor: não depende apenas da boa vontade daquele banco central. Existem regras: uma das condições é que as agências de rating considerem que não haja risco no investimento em dívida pública portuguesa. Ora, neste momento, apenas uma dessas agências assim o entende: a DBRS. Traduzindo por miúdos, caso esta agência aumente a nota de risco dada a Portugal, baixando o rating, o Estado deixa de ter acesso à ajuda do BCE. Lembra-se do que está escrito no final do primeiro parágrafo? 

Pois é. A maioria das pessoas pode ainda não se ter apercebido, mas estamos por um fio. Dependemos de uma agência de rating sediada no Canadá. Esta é a noção que a esquerda tem de soberania: bater o pé e cair redondo no chão. Mas o mais impressionante não é isso. O que mais impressiona é ver a esquerda a falar de soberania, ao mesmo tempo que nos deixa nas mãos duma instituição que até há pouco tempo a maioria de nós não tinha ouvido falar. 

 


A soberania, segundo a esquerda


Desde que este PS chegou ao governo, com o apoio dos comunistas e dos bloquistas, que as taxas de juro, que o Estado português paga pelo dinheiro que pede emprestado para funcionar, têm estado a subir. 


O que está a segurar o país é o BCE que está a comprar  dívida pública portuguesa. Caso não o fizesse, os juros subiriam numa espiral forçando António Costa e Mário Centeno a repetir o gesto de Sócrates e Teixeira dos Santos e pedir nova intervenção da troika.

No entanto, até a compra de dívida pública por parte do BCE não é certa. Ou melhor: não depende apenas da boa vontade daquele banco central. Existem regras: uma das condições é que as agências de rating considerem que não haja risco no investimento em dívida pública portuguesa. Ora, neste momento, apenas uma dessas agências assim o entende: a DBRS. Traduzindo por miúdos, caso esta agência aumente a nota de risco dada a Portugal, baixando o rating, o Estado deixa de ter acesso à ajuda do BCE. Lembra-se do que está escrito no final do primeiro parágrafo? 

Pois é. A maioria das pessoas pode ainda não se ter apercebido, mas estamos por um fio. Dependemos de uma agência de rating sediada no Canadá. Esta é a noção que a esquerda tem de soberania: bater o pé e cair redondo no chão. Mas o mais impressionante não é isso. O que mais impressiona é ver a esquerda a falar de soberania, ao mesmo tempo que nos deixa nas mãos duma instituição que até há pouco tempo a maioria de nós não tinha ouvido falar.