Enquanto em Bruxelas a Comissão Europeia continua a dizer que as medidas apresentadas pelo Governo português não são suficientes para garantir o ajustamento, em Lisboa o Executivo continua as conversas à esquerda.
As linhas vermelhas traçadas por António Costa não devem ser ultrapassadas, pelo que não se esperam aumentos de impostos sobre o trabalho. Mas continua a ser ponderado um aumento da carga fiscal sobre o património e até um agravamento dos impostos sobre o álcool e o tabaco superior ao que já era conhecido.
Certo é que o Executivo continua com vontade de resistir à pressão de Bruxelas para manter os acordos à esquerda que o sustentam no Parlamento.
De acordo com o calendário aprovado, o OE deve ser aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros para dar entrada no Parlamento até sexta.
Amanhã, Mário Centeno vem à Assembleia da República falar com os partidos. As reuniões começam às 8h30 com o PAN, segue-se o PEV, o BE, o PSD, o CDS, o PCP e o PS.
Mas antes disso, o ministro das Finanças fará um ponto da situação aos deputados socialistas.
Não está fora de hipótese que o PS venha no Parlamento a apresentar alterações ao OE que vão de encontro a negociação em curso em Bruxelas.