Sampaio da Nóvoa reagiu mais cedo do que o previsto (ou pelo menos do que era esperado) à derrota. Da primeira vez que concorre a umas eleições e que se sujeita ao sufrágio dos portugueses, o ex-reitor da Universidade de Lisboa diz que vai regressar à sua "intervenção cívica" e que estará disponível – como esteve até aqui, sublinhou – para a vida política.
"Era díficil, se não mesmo impossível que tivesse corrido melhor", disparou o candidato presidencial, perante uma plateia repleta de apoiantes, figuras do PS, como Ana Gomes, Edite Estrela, Inês de Medeiros, entre outros.
E a para justificar o balanço positiva da sua entrada na vida política (quase partidária), Sampaio da Nóvoa acenou com os resultados. "Pela primeira vez na nossa história um cidadão independente esteve perto de disputar a segunda volta. Pela primeira vez um independente teve um milhão de votos (1 milhão e 21 mil votos)".
Sampaio da Nóvoa terminou um discurso curtíssimo (cerca de 5 minutos) reconhecendo que a partir de agora "Marcelo é o meu Presidente e o de todos os portugueses". E deixou ainda uma garantia. "Quero contribuir para esta união".
Ora, foi precisamente este o tom que dominou a sua intervenção. Nóvoa não quis identificar culpados da sua derrota. Aliás, reconheceu mesmo que o "quase" que faltou para disputar uma segunda volta com Marcelo Rebelo de Sousa é da sua "responsabilidade". E o mesmo relativamente ao apoio mais ou menos formal do PS. "Parti do nada, sem avisar minguém. Não posso falar em nome dos partidos. Não tenho o direito de falar em nome dos partidos". O mesmo é dizer: o PS que tire as suas próprias conclusões.
Mesmo a fechar, assumiu que o seu objetivo "era disputar estas eleições". Este está superado.