Câmara de Lisboa reduz horário a bares do Cais do Sodré e do Bairro Alto

Câmara de Lisboa reduz horário a bares do Cais do Sodré e do Bairro Alto


Vinte e cinco bares do Cais do Sodré e do Bairro Alto viram o seu horário ser reduzido temporariamente pela Câmara de Lisboa. Em causa estão questões de “ruído e incomodidade” provocado pelo funcionamento dos estabelecimentos.


Os bares das ruas da Atalaia, da Barroca, do Diário de Notícias, da Rosa e Luz Soriano (Bairro Alto) e das ruas dos Remolares, da Ribeira Nova e Nova do Carvalho, conhecida como Rua Cor-de-Rosa, bem como na praça de São Paulo (Cais do Sodré) ficam assim obrigados a fechar às 00h00 durante a semana e às 02h00 ao fim de semana, avança a Lusa.

As medidas provisórias, que terão uma duração máxima de seis meses, serão adotadas de imediato, indica um despacho da Câmara de Lisboa.

O vice-presidente da autarquia, Duarte Cordeiro (PS) indicou, no mesmo documento, que "as fiscalizações realizadas pelos serviços, bem como as reclamações/exposições registadas na Câmara Municipal de Lisboa” demonstram que vários estabelecimentos são “muito problemáticos nestas matérias”.

Alguns comerciantes já contestaram o documento. "Dizem que estes bares prejudicam a qualidade de vida dos moradores, mas não faz sentido que bares ao lado uns dos outros fechem a horas diferentes", afirmou Cristóvão Caxaria.

Faz este sábado um ano que entrou em vigor um outro despacho que reduziu os horários de fecho dos bares do Cais do Sodré, Santos e Bica para as 02h00 nos dias de semana e para as 03h00 ao fim de semana – antes podiam funcionar até às 04h00.

Apesar de Cristóvão Caxaria falar numa perda de 30% na faturação com esta redução nos horários, Cristina Abranches, da associação Aqui Mora Gente, que junta os moradores do Cais do Sodré e Santos, refere que estas restrições de horário não tiveram os efeitos esperados.

"Se as regras tivessem sido cumpridas, tínhamos melhorado a nossa qualidade de vida. O problema é que a maior parte dos bares não cumpre o não poder deixar as pessoas virem para a rua beber nem as horas de fecho", explicou à Lusa.