As empresas não ficam alheias a esta realidade. E os números revelados pela organização não governamental (ONG) falam por si: nove em cada dez das grandes empresas analisadas – foram mais de 200 – têm presença em pelo menos um paraíso fiscal.
No entanto, através dos dados disponibilizados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Oxfam garante que esta tendência não se aplica apenas aos países mais ricos, já que os mais pobres acabam também por enviar dinheiro para os paraísos fiscais, fugindo assim a determinadas responsabilidades para com o Estado. Feitas as contas, 34% do dinheiro desviado para paraísos fiscais vêm da Europa e 15,8 % vêm dos Estados Unidos da América.
Perante estes números, a ONG pediu aos economistas reunidos no fórum de Davos para discutirem o assunto e “se comprometerem a desenvolver uma estratégia mais eficaz para acabar tanto com os paraísos fiscais como com outros regimes causadores de danos”.