O grupo terrorista Estado Islâmico anunciou ter planos para reduzir em 50% os salários mensais dos jihadistas na Síria e no Iraque.
A informação foi avançada pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com base num texto emitido pela Casa do Capital dos Muçulmanos, um dos órgãos criados pelo grupo terroristas.
E “nenhum combatente” será poupado ao corte salarial. “Devido às circunstâncias excecionais que o Estado Islâmico está a enfrentar, foi decidido cortar os salários dos ‘mudjahedine’ em metade do seu valor. Ninguém ficará isento, independentemente da posiçao que ocupe”, lê-se no texto.
Segundo Rami Abdel Rahman, ativista que coordena o OSDH, os combatentes sírios passarão a receber 200 dólares em vez de 400 e os combatentes estrangeiros, que ganham o dobro, receberão agora 400 em vez de 800.
O principal motivo dos cortes será a intensificação dos ataques da coligação internacional contra os terroristas, que têm provocado várias dificuldades financeiras ao grupo.
Contudo, apesar dos cortes, a distribuição de ajuda alimentar continuará a ser igual – duas vezes por mês.
Este mês, um ataque da coligação internacional em Mossul no Iraque, atingiu um depósito de dinheiro do grupo terrorista. Duas bombas de duas toneladas destruíram “milhões” de dólares, segundo anunciou nessa altura uma fonte do Pentágono.
Em outubro do ano passado, o Centro de Análise do Terrorismo de França, avançou que o Estado Islâmico possuía aproximadamente uma fortuna de 2,2 mil milhões de dólares. Ainda segundo a mesma organização, a principal fonte de rendimento do grupo terrorista são as exportações petrolíferas, uma vez que o grupo possui campos de petróleo e gás na Síria e no Iraque, que vende depois no mercado negro a baixo custo.
Como o grupo terrorista controla uma grande área, consegue arrecadar dinheiro de impostos pagos pelas pessoas que vivem nessas zonas.
Além disso, o grupo consegue também bastante dinheiro através dos sequestros, pedindo depois valores exorbitantes em resgates.
O grupo ainda tem atividades no tráfico humano, vendendo mulheres e crianças para casamentos ou como escravas sexuais.