Marinho e Pinto, em entrevista ao Público no ano passado, acusou Almeida Santos de ter sido “um dos advogados que mais negócios fizeram neste país, à custa do que é público”. “O dr. Almeida Santos é um advogado e uma das pessoas que mais negócios fizeram em Portugal, na sua condição de líder político e de advogado”, disse o eurodeputado, acusando Almeida Santos de ter interferido nas lei da amnistia. “É vergonhoso esse acto que ele praticou contra a essência da democracia, porque permite que a Assembleia se tenha transformado numa plataforma onde circulam interesses absolutamente opacos, muitas vezes ilegítimos, tráficos de influências. Ver o que foram os debates sobre amnistia.”
Em texto no Público, Almeida Santos pediu ao parlamento para “mandar averiguar o que com verdade se passou”. “Como o autor do texto que comento também inclui outras acusações a meu respeito, peço ao responsável por elas que esclareça que negócios condenáveis em concreto me atribui, para eu poder responsabilizá-lo, se for caso disso, pelos que forem inverídicos ou não comprometedores para mim”, escreveu Almeida Santos.
A conexão com Macau “Não me pesa a consciência de ter perpetrado assim tantos negócios, sobretudo merecedores de censura ética”, afirmou Almeida Santos. “Só verdadeiramente me lembro de um que me enche de orgulho: o de ter estado na origem da constituição da sociedade Geocapital, que propus aos doutores Stanley Ho e Ferro Ribeiro, então em Macau, para tentar suprir o facto de a CPLP ter sido constituída sem um departamento encarregado de promover investimentos económicos entre os países de língua portuguesa. Os meus referidos amigos aceitaram a sugestão e eu subscrevi no capital da empresa uma modesta participação, de que tenho o maior orgulho”, afirmou Almeida Santos, desafiando Marinho a denunciar outros “negócios”.