Um estudo da Ohio State University descobriu que existem benefícios em responder ao seu chefe. As pessoas que respondem aos superiores (em situações de injustiça e sem atingir a má educação) não se encaram como vítimas e, consequentemente, sentem-se melhor no seu local de trabalho e empenham-se mais nas suas tarefas, lê-se no Huffington Post.
A investigação, publicada no jornal Personnel Psychology, refere que ‘responder’ não implica andar aos berros ou dizer asneiras, mas sim ignorar os berros ou fazer-se de desentendido. “Esta é uma forma de confrontação passivo-agressiva”, explica Bennett Tepper, líder da investigação.
Foram analisados os comportamentos de 169 trabalhadores. Numa primeira fase do estudo, as pessoas relatavam o que os seus superiores hierárquicos lhes faziam e descreviam a forma como reagiam – dando uma reposta ou absorvendo aquilo que lhes tinha sido dito e continuando a trabalhar. Um mês depois, os mesmos empregados falaram sobre os seus níveis de satisfação no trabalho.
Tepper e a sua equipa chegaram à conclusão que aqueles que reagiam à hostilidade tinham uma menor probabilidade de se sentirem deprimidos no trabalho. Mesmo assim, ainda não tinham conseguido perceber se havia benefícios em responder a um chefe abusador.
Por isso, decidiram entrevistar outras 371 pessoas, dividindo-as em três grupos. Voltaram a fazer perguntas sobre os comportamentos dos superiores e as suas reacções. No entanto, a equipa decidiu também perguntar se responderem ao seu chefe tinha um impacto negativo na sua carreira.
Os investigadores chegaram à conclusão que os empregados que respondiam às agressões dos patrões sentiam-se ‘menos vítimas’ do que aquelas que aceitavam o mau comportamento por parte da chefia. Para além disso, Tepper e a sua equipa descobriram que as pessoas que reagiam à hostilidade não sentiam um impacto negativo na sua carreira (no que diz respeito à posição ocupada e a questões remuneratórias) – isto com base nas respostas e não em dados disponibilizados pelas empresas que empregam estas pessoas.
Tepper disse ao Huffington Post que o seu objectivo não é incentivar o empregado a responder a um mau comportamento ‘na mesma moeda’, mas sim mostrar que as pessoas não devem fingir que nada se passa e serem vítimas de uma má chefia.