“Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião.”
William Shakespeare
A abstenção é, sem dúvida, o principal inimigo da eleição à primeira volta de Marcelo Rebelo de Sousa.
O principal problema é que a campanha eleitoral está a ajudar a que esta hipótese, embora remota, possa concretizar-se.
Por um lado, as sondagens a darem uma diferença abismal entre Marcelo Rebelo de Sousa e os dois únicos candidatos que têm algumas hipóteses de lhe fazer frente ajudam à tentação de não votar, porque “aquilo já está ganho”.
Ao mesmo tempo, a franja do eleitorado da direita mais tradicional está de certa forma dececionada com o seu candidato natural, preocupado em conquistar o centro e até alguma esquerda.
Por outro lado, o vazio de ideias ou as ideias mirabolantes de alguns tornaram esta caminhada penosa, desinteressante e, por isso, desmotivadora.
Na verdade, esta eleição é importante.
O Presidente da República não é um mero corta-fitas.
Os portugueses precisam de ter uma referência naquele cargo. Alguém em quem confiem e que, ao mesmo tempo, sintam que é um como nós. Com qualidades e defeitos, porque os santos estão noutro local.
Mas o essencial é termos a consciência de ter contribuído para uma escolha, por termos participado.
A vida é sempre feita de escolhas.
Escreve à segunda-feira