Os salteadores da pátria perdida


O Groucho Marx das finanças limpou as almofadas financeiras num mês, o mais do que relativo presidente do Conselho assaltou as empresas de transportes e os ministros começaram a nobre tarefa da dar tacho aos bandos partidários.


A velocidade é muita; o condutor, aselha; e o mais certo é tudo acabar, como de costume, na ribanceira, com os infratores a saírem impunes do desastre, a queixarem-se de tudo e de todos, indiferentes aos mortos e feridos que deixaram pelo caminho. Este governinho do mais do que relativo presidente do Conselho mostra que a esquerda está mais desvairada do que é habitual, com uma pressa louca de destruir o país – uma tarefa em que são exímios, como os 40 anos desta pobre e miserável democracia já mostraram à evidência, com Portugal a cair três vezes na bancarrota sempre pelas mesmas razões: despesismo do Estado, défices das contas públicas, endividamento brutal, economia estrangulada por burocracia e impostos, investimentos públicos ruinosos, corrupção galopante e promiscuidade entre políticos e negócios. O governo golpista já mostrou nestes 40 dias em funções que não aprendeu nada com o passado. Pior. Com a extrema-esquerda às costas, não só está a repetir todos os erros do passado como está claramente contra as empresas e os investimentos privados. A subida à força do salário mínimo nacional, o fim das concessões privadas nos transportes de Lisboa e Porto e o assalto à TAP são apenas exemplos de uma estratégia de destruição acelerada da economia privada e da clara vontade de afugentar o investimento estrangeiro. Para o mais do que relativo presidente do Conselho, os meios justificam o fim de acabar rapidamente e em força com um país que dava sinais de uma recuperação ténue, depois de quatro anos de vigilância estrangeira.

O manhoso que desgraçadamente nos governa espera agora enganar os eurocratas da zona euro como enganou milhões de portugueses que não o queriam como seu primeiro-ministro. Talvez se engane, a bem dos indígenas que não passam da cepa torta com esta gentinha a governá-los. A esperança de Portugal não está cá dentro, está lá fora. Rezemos à Virgem e a todos os santos para que a sra. Merkel e o sr. Schäuble não se deixem enganar pelo vendedor de banha da cobra e exijam ao governo golpista o respeito pelos tratados europeus, nomeadamente o importante Tratado Orçamental. Mas enquanto não chega a Bruxelas o orçamento do Groucho Marx das finanças, a desbunda aí está à vista de todos. A almofada financeira do Orçamento de 2015 foi desbaratada num mês, Bruxelas evitou mais um BPN na Caixa Geral de Depósitos, o dinheiro dado ao Santander Totta pelo Banif é mais do que suspeito e os ministros já iniciaram a nobre tarefa de dar tachos aos bandos partidários. A luminária do Ambiente já meteu os boys socialistas na administração do Metro e da Carris, depois do assalto, e o Silva da Segurança Social correu com os dirigentes do Instituto do Emprego para lá colocar os seus protegidos de longa data. A procissão ainda não saiu do adro e o governo do mais do que relativo presidente do Conselho encharca os gabinetes de boys e girls às escondidas, com promessas solenes de transparências futuras. Neste ambiente de assaltos e desbundas, anda por aí o Groucho Marx das finanças a tentar fazer um Orçamento do Estado que passe no crivo de Bruxelas e satisfaça os apetites dos golpistas do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista. A festa vai ser porreira, pá, como dizia o velho Sócrates e a então ministra da Educação, com os milhões atirados à rua pela extraordinária Parque Socialista Escolar. As faturas chegam de todos os ministérios com despesas a mais de milhões e milhões para a querida escola pública, para a Segurança Social, para o Serviço Nacional de Saúde, para o cão e para o gato. O desgraçado Groucho das finanças anda de folha de excel em folha de excel a inventar crescimentos que não existem para compensar tamanha desbunda. O Orçamento de 2016 é como a pescada. Antes de o ser, já é uma enorme mentira.

Jornalista, Escreve à segunda-feira


Os salteadores da pátria perdida


O Groucho Marx das finanças limpou as almofadas financeiras num mês, o mais do que relativo presidente do Conselho assaltou as empresas de transportes e os ministros começaram a nobre tarefa da dar tacho aos bandos partidários.


A velocidade é muita; o condutor, aselha; e o mais certo é tudo acabar, como de costume, na ribanceira, com os infratores a saírem impunes do desastre, a queixarem-se de tudo e de todos, indiferentes aos mortos e feridos que deixaram pelo caminho. Este governinho do mais do que relativo presidente do Conselho mostra que a esquerda está mais desvairada do que é habitual, com uma pressa louca de destruir o país – uma tarefa em que são exímios, como os 40 anos desta pobre e miserável democracia já mostraram à evidência, com Portugal a cair três vezes na bancarrota sempre pelas mesmas razões: despesismo do Estado, défices das contas públicas, endividamento brutal, economia estrangulada por burocracia e impostos, investimentos públicos ruinosos, corrupção galopante e promiscuidade entre políticos e negócios. O governo golpista já mostrou nestes 40 dias em funções que não aprendeu nada com o passado. Pior. Com a extrema-esquerda às costas, não só está a repetir todos os erros do passado como está claramente contra as empresas e os investimentos privados. A subida à força do salário mínimo nacional, o fim das concessões privadas nos transportes de Lisboa e Porto e o assalto à TAP são apenas exemplos de uma estratégia de destruição acelerada da economia privada e da clara vontade de afugentar o investimento estrangeiro. Para o mais do que relativo presidente do Conselho, os meios justificam o fim de acabar rapidamente e em força com um país que dava sinais de uma recuperação ténue, depois de quatro anos de vigilância estrangeira.

O manhoso que desgraçadamente nos governa espera agora enganar os eurocratas da zona euro como enganou milhões de portugueses que não o queriam como seu primeiro-ministro. Talvez se engane, a bem dos indígenas que não passam da cepa torta com esta gentinha a governá-los. A esperança de Portugal não está cá dentro, está lá fora. Rezemos à Virgem e a todos os santos para que a sra. Merkel e o sr. Schäuble não se deixem enganar pelo vendedor de banha da cobra e exijam ao governo golpista o respeito pelos tratados europeus, nomeadamente o importante Tratado Orçamental. Mas enquanto não chega a Bruxelas o orçamento do Groucho Marx das finanças, a desbunda aí está à vista de todos. A almofada financeira do Orçamento de 2015 foi desbaratada num mês, Bruxelas evitou mais um BPN na Caixa Geral de Depósitos, o dinheiro dado ao Santander Totta pelo Banif é mais do que suspeito e os ministros já iniciaram a nobre tarefa de dar tachos aos bandos partidários. A luminária do Ambiente já meteu os boys socialistas na administração do Metro e da Carris, depois do assalto, e o Silva da Segurança Social correu com os dirigentes do Instituto do Emprego para lá colocar os seus protegidos de longa data. A procissão ainda não saiu do adro e o governo do mais do que relativo presidente do Conselho encharca os gabinetes de boys e girls às escondidas, com promessas solenes de transparências futuras. Neste ambiente de assaltos e desbundas, anda por aí o Groucho Marx das finanças a tentar fazer um Orçamento do Estado que passe no crivo de Bruxelas e satisfaça os apetites dos golpistas do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista. A festa vai ser porreira, pá, como dizia o velho Sócrates e a então ministra da Educação, com os milhões atirados à rua pela extraordinária Parque Socialista Escolar. As faturas chegam de todos os ministérios com despesas a mais de milhões e milhões para a querida escola pública, para a Segurança Social, para o Serviço Nacional de Saúde, para o cão e para o gato. O desgraçado Groucho das finanças anda de folha de excel em folha de excel a inventar crescimentos que não existem para compensar tamanha desbunda. O Orçamento de 2016 é como a pescada. Antes de o ser, já é uma enorme mentira.

Jornalista, Escreve à segunda-feira