O voto nas eleições presidenciais


Os portugueses não querem para Presidente da República quem recorre a discursos que nada têm a ver com a importância da função presidencial.


“Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco”.

Jean-Jacques Rousseau

Portugal e os portugueses, na sua grande maioria, não querem que as eleições presidenciais sejam uma espécie de segunda volta das eleições legislativas do passado dia 4 de Outubro. Não querem que este ato eleitoral seja um ajuste de contas entre os principais partidos políticos portugueses. Não querem escolher o seu Presidente da República com base em propostas ou programas que mais não são que amálgamas de programas de governo. Não querem e estão fartos de discussões, insinuações, gritos e ataques gratuitos sobre o bom nome de uns e de outros e sobretudo de insinuações torpes sobre a classe política, a banca, os gestores públicos e não públicos, os Estados e os governos que têm investido, diretamente nuns casos e indiretamente noutros em Portugal (e também em muitos outros países da Europa e fora dela). Não gostam de quem se propõe ser Presidente da República que afirme que vai vergar a Europa e as suas instituições e vai pôr na ordem o grande capital especulador estrangeiro. Seja ocidental. Africano. Asiático. Etc. O que na sua grande maioria querem é escolher uma pessoa que lhes dê confiança. Confiança a vários níveis e em vários tempos. Desde logo em tempos difíceis e em tempos exigentes, complexos e desafiantes. Querem alguém que conheça o país. Não o país de alguns media e a partir de Lisboa, mas o país real. Que muitas vezes não chega aos media. Mas que é o país positivo. Dos bons exemplos. Do emprego. Da iniciativa. Do risco. Do mérito. Da inovação. Do empreendedorismo. O país cosmopolita. Virado para o mundo. Querem quem saiba projetar Portugal e os portugueses, pela positiva, dentro e fora de Portugal. Mobilizando-os. Construindo um Portugal moderno. Aberto. Da livre concorrência. Da economia social de mercado. Com mais e melhor emprego. Querem uma pessoa que tenha um grande conhecimento da diáspora portuguesa, a nova e a antiga. Uma pessoa culta, cosmopolita, com mundo, com experiência de Estado, com experiência política, com liberdade para decidir em função exclusivamente da defesa intransigente dos interesses nacionais.

Não querem alguém que viva e se alimente apenas e só do protesto, da disfuncionalidade da rua, da insinuação, do discurso demagógico antissistema (mesmo que viva à sua conta, com muitas contradições). Julgo que é isto que a maioria dos portugueses têm em mente na formação da sua vontade de votar nas eleições presidenciais deste mês. E na sua escolha final de voto. Julgo não estar longe da realidade. Os portugueses não querem para Presidente da República quem não respeita a figura e a função de Presidente da República, recorrendo na própria campanha a discursos que pouco ou nada têm a ver com a importância da função no sistema jurídico político nacional. Aliás, os portugueses querem um Presidente que não desvirtue o sistema semipresidencialista mitigado vigente em Portugal. Antes pelo contrário. Querem um Presidente que conheça bem a Constituição da República, a prática jurídico-constitucional portuguesa, que esteja à altura de saber usar com equilíbrio os seus poderes constitucionais e que, pelas suas experiências e características pessoais e políticas, saiba como cumprir a nossa lei fundamental, dentro das competências e dos limites respetivos dos vários órgãos de soberania.
É por isso que no quadro de dez candidaturas, só uma minoria encarna muito do que aqui foi referido. Ainda por cima quando o próximo Presidente da República vai ter de exercer as suas funções num tempo coletivo muito exigente e desafiante. Em que Portugal tem de assumir que o seu desígnio se cumpre muito fora de portas. Não só dentro do projeto europeu, mas também muito no espaço da CPLP, no espaço do Atlântico Norte e cada vez mais no Atlântico Sul, exigindo assim um titular do órgão de soberania Presidente da República com experiência e conhecimento internacional.

De todos os candidatos, aquele que cumpre estes critérios é Marcelo Rebelo de Sousa. É alguém que, enquanto republicano e católico, está bem preparado para o exercício desta função.

Escreve à segunda-feira


O voto nas eleições presidenciais


Os portugueses não querem para Presidente da República quem recorre a discursos que nada têm a ver com a importância da função presidencial.


“Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco”.

Jean-Jacques Rousseau

Portugal e os portugueses, na sua grande maioria, não querem que as eleições presidenciais sejam uma espécie de segunda volta das eleições legislativas do passado dia 4 de Outubro. Não querem que este ato eleitoral seja um ajuste de contas entre os principais partidos políticos portugueses. Não querem escolher o seu Presidente da República com base em propostas ou programas que mais não são que amálgamas de programas de governo. Não querem e estão fartos de discussões, insinuações, gritos e ataques gratuitos sobre o bom nome de uns e de outros e sobretudo de insinuações torpes sobre a classe política, a banca, os gestores públicos e não públicos, os Estados e os governos que têm investido, diretamente nuns casos e indiretamente noutros em Portugal (e também em muitos outros países da Europa e fora dela). Não gostam de quem se propõe ser Presidente da República que afirme que vai vergar a Europa e as suas instituições e vai pôr na ordem o grande capital especulador estrangeiro. Seja ocidental. Africano. Asiático. Etc. O que na sua grande maioria querem é escolher uma pessoa que lhes dê confiança. Confiança a vários níveis e em vários tempos. Desde logo em tempos difíceis e em tempos exigentes, complexos e desafiantes. Querem alguém que conheça o país. Não o país de alguns media e a partir de Lisboa, mas o país real. Que muitas vezes não chega aos media. Mas que é o país positivo. Dos bons exemplos. Do emprego. Da iniciativa. Do risco. Do mérito. Da inovação. Do empreendedorismo. O país cosmopolita. Virado para o mundo. Querem quem saiba projetar Portugal e os portugueses, pela positiva, dentro e fora de Portugal. Mobilizando-os. Construindo um Portugal moderno. Aberto. Da livre concorrência. Da economia social de mercado. Com mais e melhor emprego. Querem uma pessoa que tenha um grande conhecimento da diáspora portuguesa, a nova e a antiga. Uma pessoa culta, cosmopolita, com mundo, com experiência de Estado, com experiência política, com liberdade para decidir em função exclusivamente da defesa intransigente dos interesses nacionais.

Não querem alguém que viva e se alimente apenas e só do protesto, da disfuncionalidade da rua, da insinuação, do discurso demagógico antissistema (mesmo que viva à sua conta, com muitas contradições). Julgo que é isto que a maioria dos portugueses têm em mente na formação da sua vontade de votar nas eleições presidenciais deste mês. E na sua escolha final de voto. Julgo não estar longe da realidade. Os portugueses não querem para Presidente da República quem não respeita a figura e a função de Presidente da República, recorrendo na própria campanha a discursos que pouco ou nada têm a ver com a importância da função no sistema jurídico político nacional. Aliás, os portugueses querem um Presidente que não desvirtue o sistema semipresidencialista mitigado vigente em Portugal. Antes pelo contrário. Querem um Presidente que conheça bem a Constituição da República, a prática jurídico-constitucional portuguesa, que esteja à altura de saber usar com equilíbrio os seus poderes constitucionais e que, pelas suas experiências e características pessoais e políticas, saiba como cumprir a nossa lei fundamental, dentro das competências e dos limites respetivos dos vários órgãos de soberania.
É por isso que no quadro de dez candidaturas, só uma minoria encarna muito do que aqui foi referido. Ainda por cima quando o próximo Presidente da República vai ter de exercer as suas funções num tempo coletivo muito exigente e desafiante. Em que Portugal tem de assumir que o seu desígnio se cumpre muito fora de portas. Não só dentro do projeto europeu, mas também muito no espaço da CPLP, no espaço do Atlântico Norte e cada vez mais no Atlântico Sul, exigindo assim um titular do órgão de soberania Presidente da República com experiência e conhecimento internacional.

De todos os candidatos, aquele que cumpre estes critérios é Marcelo Rebelo de Sousa. É alguém que, enquanto republicano e católico, está bem preparado para o exercício desta função.

Escreve à segunda-feira