Lembrei-me da “The Oldie” devido à crise na imprensa que marcou o ano de 2015 e vai estar presente todos os dias deste novo ano. É que “The Oldie”, além do público-alvo que é a terceira idade, consegue ainda vender a leitores com idades a partir dos 20, 30 anos. Como? Simplesmente porque não tem medo de ser original. Está bem escrita; escrita com cuidado, mas sem que os artigos sejam excessivamente longos, até porque a boa imprensa escrita é concisa o suficiente para informar sem que a sua leitura se torne penosa.
Tem artigos sobre política, economia, cinema, exposições, restaurantes e viagens. Tem ainda colunistas experientes que nos contam histórias por eles vividas, fazendo-o da forma mais maravilhosa que podemos imaginar, tornando-nos leitores ávidos de algo que, no fim de contas, apenas tem de extraordinário o estar divinamente bem escrito.
A lição que se tira da “The Oldie” é que o público, inundado de informação diária debitada online, precisa de tempo para ler. Para ter consigo algo que o ajude a assentar as ideias. Até porque a imprensa escrita não é apenas informação. É, antes de mais, a melhor forma de fazer pensar quem a lê.
Advogado, Escreve à quinta-feira