Estas eleições davam uma história da Disney. Uma espécie de conto de fadas mais moderno e progressista. Imaginem algo resultante da fusão da Bela Adormecida com a Branca de Neve e os Sete Anões.
Imaginem duas princesas que viviam num reino maravilhoso. A Maria (a Bela Adormecida) e a Marisa (a Branca de Neve). A Maria, de caráter forte e bondosa, mas amaldiçoada. Inicialmente abençoada pelo padrinho Seguro para depois cair sobre ela a maldição do padrinho Costa: “Se tiveres menos de 20%… cairás num sono profundo!”
Depois Marisa – filha do desaparecido Louçã e enteada de Catarina – uma ameaça para a madrasta que, olhando-se ao espelho, perguntava: “Espelho meu, espelho meu, pode haver alguém no Bloco mais líder do que eu?” “A Marisa… e eventualmente a Mortágua”, respondeu o espelho. Não foi de modas! Ora como a outra é novinha… “Marisa! Vais candidatar-te!” E manda-a para a floresta, onde encontra os sete anões. O Henrique Neto, o Zangado – ele próprio o disse; o Sampaio da Nóvoa, o ex-reitor (é só isto), claramente o Tímido; o Cândido Ferreira: o socialista médico, lembra-me o Mudo… já o ouviram? O Edgar Silva, o padre convertido ao comunismo, o Soneca – dá-me sono; o Jorge Sequeira, o psicólogo que lembra o Atchim (o frenesim com que besuntava os lábios de batom para o cieiro quando apresentou a candidatura mostrava que estava constipado); o Vitorino Silva ou Tino de Rans, o Feliz (dispensa justificação); e Marcelo, ah, o Professor. Nem é preciso dizer nada, certo?
Só ficou a faltar o Paulo de Morais, mas que me faz lembrar o Robin dos Bosques! A sua origem não é da Disney, mas assenta-lhe bem o papel. Deem-lhe um arco e flecha se querem ver!
Não dá um belo conto de fadas? Por isso o grosso dos eleitores (que anda na minha faixa etária) não vai ficar indiferente, vai sensibilizar-se e votar na sua personagem preferida, acabando de vez com os traumas do Granja! E quem ganha? Oh! O Sabichão é claro!