Mais de metade dos maquinistas da Metropolitano de Lisboa escalados para trabalhar na passagem do ano faltaram nessa noite, o que obrigou ao encerramento do troço Campo Grande-Odivelas, revelou ontem a holding Transportes de Lisboa.
Num comunicado enviado à comunicação social, a holding que gere a rodoviária Carris, o metro e a Transtejo (ligações fluviais) disse que a investigação que iniciou na segunda-feira ao “inesperado fenómeno de absentismo de maquinistas verificado na noite do dia 31 de dezembro de 2015” permitiu concluir que, a partir das 21h00, se registou uma taxa de absentismo de 61% dos profissionais que estavam escalados para essa noite.
“De salientar ainda que a taxa de absentismo referente a todo o dia 31 de dezembro, na ordem dos 28%, supera a média do ano (já de si elevada), de 13%”, lê-se no texto.
Segundo a holding, no total faltaram durante todo o dia 31 de dezembro de 2015, nas quatro linhas do metro, cerca de 50 maquinistas.
Razões só para a semana Só a partir da próxima semana é que a holding consegue determinar os motivos das faltas ao serviço devido aos “procedimentos e prazos de entrega de justificações de faltas em vigor na empresa”.
No comunicado, a Transportes de Lisboa reitera junto dos trabalhadores, “do modo metro em especial, a importante missão inerente às profissões que abraçaram”. “Pese embora o transtorno pessoal e familiar que esta quadra festiva obriga a várias categorias profissionais de toda a sociedade, o serviço público desenvolvido pelos profissionais de diferentes áreas tem de ser garantido, sob pena de, colocando em causa os direitos de milhares de cidadãos, deixar de poder ser assim reconhecido”, defende a holding.
Na noite de 31 de dezembro de 2015, a circulação na linha Amarela do metro foi interrompida entre as estações de Campo Grande e Odivelas a partir das 23h00 devido ao “absentismo de maquinistas”, tendo a circulação regular sido retomada às 06h30 de 1 de janeiro.
Fonte da empresa esclareceu que o absentismo se verificou tanto pela não comparência inesperada de maquinistas como pela dificuldade em gerir os pedidos de folga feitos para esta data, em vésperas de ano novo.
Jornal i