O vice-presidente do FC Porto (FCP) Antero Henriques foi acusado do mesmo crime, numa lista que, além da cúpula do clube, conta com outros 55 arguidos.
O Ministério Público considera que, quando recorreu aos serviços da S.P.D.E., o presidente do FCP estava consciente de que isso era crime. “Parte dos arguidos foram alvo de acusação por terem requisitado esses serviços [de acompanhamento e proteção pessoal], bem sabendo que quem os prestava não podia, nos termos da lei, fazê-lo”, refere o comunicado da PGR. Se for a tribunal, Pinto da Costa arrisca uma pena que pode ir até quatro anos de prisão (e não dois, como o i ontem escreveu) ou multa até 480 dias.
Os responsáveis portistas foram constituídos arguidos numa investigação à empresa de “Edu” Silva. O empresário “seria o líder do grupo que se dedicava à prática de atividades ilícitas relacionadas com o exercício de segurança privada”, refere a nota. Eduardo Silva é acusado de ter montado “uma estrutura que, com recurso e à força e à intimidação, lhe permitiu vir a dominar a prestação de serviços de segurança em estabelecimentos de diversão noturna de vários pontos do país”.
O MP acusa o grupo de proceder a “cobranças difíceis”, prática que levou à constituição de mais arguidos, “co-autores de crimes de extorsão ou coação”. Além de Edu Silva, os outros 12 arguidos detidos vão responder por associação criminosa. A lista continua: extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física grave agravadas pelo resultado, tráfico e detenção de arma proibida e favorecimento pessoal. Na investigação, o MP – apoiado pela PSP- fez mais de 50 buscas na zona centro e norte do país.