Fénix. MP confirma acusação a Pinto da Costa e a outros 56 arguidos

Fénix. MP confirma acusação a Pinto da Costa e a outros 56 arguidos


A Procuradoria-geral da República confirmou ontem que Pinto da Costa foi acusado do crime de “exercício ilícito da atividade de segurança privada”, por ter recorrido aos serviços de proteção pessoal da S.P.D.E. 


O vice-presidente do FC Porto (FCP) Antero Henriques foi acusado do mesmo crime, numa lista que, além da cúpula do clube, conta com outros 55 arguidos.

O Ministério Público considera que, quando recorreu aos serviços da S.P.D.E., o presidente do FCP estava consciente de que isso era crime. “Parte dos arguidos foram alvo de acusação por terem requisitado esses serviços [de acompanhamento e proteção pessoal], bem sabendo que quem os prestava não podia, nos termos da lei, fazê-lo”, refere o comunicado da PGR. Se for a tribunal, Pinto da Costa arrisca uma pena que pode ir até quatro anos de prisão (e não dois, como o i ontem escreveu) ou multa até 480 dias.

Os responsáveis portistas foram constituídos arguidos numa investigação à empresa de “Edu” Silva. O empresário “seria o líder do grupo que se dedicava à prática de atividades ilícitas relacionadas com o exercício de segurança privada”, refere a nota. Eduardo Silva é acusado de ter montado “uma estrutura que, com recurso e à força e à intimidação, lhe permitiu vir a dominar a prestação de serviços de segurança em estabelecimentos de diversão noturna de vários pontos do país”.

O MP acusa o grupo de proceder a “cobranças difíceis”, prática que levou à constituição de mais arguidos, “co-autores de crimes de extorsão ou coação”. Além de Edu Silva, os outros 12 arguidos detidos vão responder por associação criminosa. A lista continua: extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física grave agravadas pelo resultado, tráfico e detenção de arma proibida e favorecimento pessoal. Na investigação, o MP – apoiado pela PSP- fez mais de 50 buscas na zona centro e norte do país.