O povo está outra vez na rua


Não é uma manif nem uma greve. Esta noite perto de duzentas mil pessoas vão invadir a Avenida dos Aliados. É o regresso a casa de Pedro Abrunhosa, para um concerto especial e mais uma passagem de ano ao ar livre. A vida na rua está a tornar-se um hábito. E isso é bom.


Ficar em casa, felizmente, usa-se cada vez menos. Enfiar famílias inteiras a fingir que passeiam em shoppings irrespiráveis também. A mudança de costumes algum dia tinha que acontecer. Se em Berlim faz frio e as pessoas andam na rua a beber vinho quente, se em Praga chove e os mercados de Natal estão cheios de gente, não havia mesmo razão nenhuma para os portuenses não aproveitarem a sua cidade como deve ser. Seja consequência das práticas dos turistas, seja por uma programação de lazer cada vez mais próxima, seja pelas duas coisas, todos os motivos justificam o fenómeno.

Entre os carrinhos de choque da Rotunda, os mercados da Alegria da Foz, os artistas de Bombarda e a pista de gelo da baixa, o Porto cosmopolita e o Porto popular misturam-se e fundem-se. Acaba por ser uma espécie de jogos sem fronteiras em versão local.

No fim e no fundo, o que todos acabam por querer é passar rapidamente à frente os problemas ou os dramas e relembrar os grandes momentos de 2015. E quando, esta noite ou amanhã, de várias maneiras e feitios desejarem “Bom Ano!”, estão todos a dizer a mesma coisa. Seja em versão trabalho, saúde, amor ou dinheiro, seja no mais genérico modo felicidade, o que todos esperam é que 2016 corra muito bem. E isso, claro, já vale uma grande festa nos Aliados.

Escreve à quinta-feira


O povo está outra vez na rua


Não é uma manif nem uma greve. Esta noite perto de duzentas mil pessoas vão invadir a Avenida dos Aliados. É o regresso a casa de Pedro Abrunhosa, para um concerto especial e mais uma passagem de ano ao ar livre. A vida na rua está a tornar-se um hábito. E isso é bom.


Ficar em casa, felizmente, usa-se cada vez menos. Enfiar famílias inteiras a fingir que passeiam em shoppings irrespiráveis também. A mudança de costumes algum dia tinha que acontecer. Se em Berlim faz frio e as pessoas andam na rua a beber vinho quente, se em Praga chove e os mercados de Natal estão cheios de gente, não havia mesmo razão nenhuma para os portuenses não aproveitarem a sua cidade como deve ser. Seja consequência das práticas dos turistas, seja por uma programação de lazer cada vez mais próxima, seja pelas duas coisas, todos os motivos justificam o fenómeno.

Entre os carrinhos de choque da Rotunda, os mercados da Alegria da Foz, os artistas de Bombarda e a pista de gelo da baixa, o Porto cosmopolita e o Porto popular misturam-se e fundem-se. Acaba por ser uma espécie de jogos sem fronteiras em versão local.

No fim e no fundo, o que todos acabam por querer é passar rapidamente à frente os problemas ou os dramas e relembrar os grandes momentos de 2015. E quando, esta noite ou amanhã, de várias maneiras e feitios desejarem “Bom Ano!”, estão todos a dizer a mesma coisa. Seja em versão trabalho, saúde, amor ou dinheiro, seja no mais genérico modo felicidade, o que todos esperam é que 2016 corra muito bem. E isso, claro, já vale uma grande festa nos Aliados.

Escreve à quinta-feira