Mas porquê? – Perguntam vocês.
Vamos por partes e primeiro pelo que não fará parte da caldeirada (ou não… isto nunca se sabe).
Desde logo: No more Cavaco! Desse (à partida) vamo-nos livrar! O não político que nos últimos 30 anos se politizou 20 e hibernou 10 vai agora (continuar) a usufruir da sua “miserável” reforma, com a qual só sobreviveu graças à “cantina” de Belém. A ver como se safa na marquise da Lapa.
Outra menos certa mas, porventura, irrevogável é Portas abandonar-nos. Fica mais pobre a política nacional. Justiça lhe seja feita: um verdadeiro animal político e um trabalhador incansável no desempenho das suas funções governativas. Teria piada vê-lo a coabitar com o autoproclamado PR.
E o que engrossará a caldeirada?
Assim à cabeça e com um valente arrepio na espinha o PCP. Nem arrisco previsões. Mas o amuse bouche deste final de ano antecipa (acho eu) uma valente caldeirada em 2016. Tão imprevisível que nem me atrevo a adivinhar quando a poderá servir. Mas pode ser que esta imprevisibilidade contribua para uma eventual nulidade do irrevogável abandono de Portas.
Depois Espanha… ai Espanha! Não está fácil! Ao que parece já há por lá quem grite: Chama o António ! Mas não há António que lhes valha. Os resultados ditaram uma ordem de alinhamento dos partidos idêntica à de cá mas, em Espanha, a quarta força é o Ciudadanos e não os comunistas que são uma miragem. Isto impossibilita o embarque em utopias.
Mas calma! Para já é deixar o novo Professor tomar posse e calçar as pantufas (ou uns patins) ao velho Professor. Depois aguardar serenamente pela revogação ao mesmo tempo que o PCP sai do armário. E Espanha? Orientem-se! Não têm um António cacem com o Pedro!
Ou seja, é meter tudo no tacho e levar a lume brando. Tapar e deixar repousar até junho. Porquê? Ora porque em junho temos Europeu! Temos Ronaldo, Santos Populares e sardinha (se houver quota) com fartura! Portanto que se lixe!
Bom Ano!