As 400 pessoas mais ricas do mundo ganharam cerca de 3,9 biliões de dólares (3,5 biliões de euros) em 2015, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg.
Ainda assim, este valor – que é superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de todos os países no mundo, à exceção dos Estados Unidos, China e Japão – representa uma quebra de 19 mil milhões de dólares (cerca de 17,3 mil milhões de euros) em relação ao ano passado.
Segundo a Bloomberg, este é o primeiro declínio anual do índice diário de riqueza desde que foi criado, em 2012. Uma situação que se deveu à quebra dos preços das matérias-primas e aos sinais de abrandamento do crescimento da China.
O magnata mexicano das telecomunicações, Carlos Slim, protagonizou a maior queda no índice de riqueza, com a America Movil SAB a desvalorizar 25% desde o início do ano. Considerado o mais rico do mundo em Maio de 2013, Slim caiu para o quinto lugar do ranking este ano, depois de perder quase 20 mil milhões de dólares.
O investidor norte-americano Warren Buffett, o terceiro mais rico do globo, perdeu 11,3 mil milhões de dólares, com a Berkshire Hathaway a registar um prejuízo anual pela primeira vez desde 2011. Já a fortuna do fundador da Microsoft, Bill Gates, diminuiu em três mil milhões de dólares este ano.
As perdas de Gates e o crescimento contínuo da Inditex, a maior retalhista de moda do mundo, levaram o espanhol Amancio Ortega a aumentar a sua fortuna em 12,1 mil milhões de dólares para 73,2 mil milhões.
A sua subida de 20% ficou, ainda assim, 19 mil milhões de dólares abaixo da maior escalada no índice deste ano, a do fundador da Amazon, Jeff Bezos. O bilionário mais do que duplicou a sua fortuna para 59 mil milhões de dólares, passando para quarto lugar do ranking. Bezos e Ortega lideram os ganhos deste ano, com uma subida combinada de 43 mil milhões de dólares. O desempenho dos dois bilionários contrasta com o da família que detém cerca de metade da Wal-Mart Stores, a maior retalhista do mundo. Os cinco membros da família Walton perderam, em conjunto, 35 mil milhões de dólares em 2015.
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