Altos, bem parecidos e velhos conhecidos procuram emprego. Ou pelo menos querem resolver a próxima época. José Mourinho e Pep Guardiola são protagonistas do Natal mais quente das últimas temporadas. O português, de 52 anos, tornou-se a semana passada o desempregado mais mediático do mundo e o espanhol, 44, ficou na rua este domingo ao fechar a porta em Munique.
Rummenigge, presidente dos bávaros, já levantou a placa de substituição. Sai Pep, entra Carlo Ancelotti. Mas só no final da época, altura em que Guardiola finaliza o terceiro e último ano de contrato.
A decisão de não renovar partiu do próprio treinador, que desde que chegou a Munique em 2013, para substituir o campeão europeu Jupp Heynckes, já arrumou nas estantes dos alemães dois títulos na Bundesliga, uma Supertaça Europeia e um Mundial de clubes. O principal objetivo era voltar a conquistar a Champions, mas caiu por duas vezes nas meias-finais aos pés de Real Madrid e Barcelona.
Carlos, italiano de 56 anos, aterra na Alemanha com passagens pelo Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain e Real Madrid (só não venceu o campeonato em Espanha) e três Champions no CV. Assina pelo tricampeão alemão até junho de 2019 e vai receber cerca de 15 milhões de euros por ano, mais objetivos. Muito mais poderá receber Guardiola, a confirmarem-se os rumores de que o Manchester City lhe terá passado um cheque em branco. O que pode significar um reencontro com Mourinho, que deseja o Manchester United – o lugar de Van Gaal parece estar em risco.
O Special One revelou este fim de semana em comunicado que lamenta ter saído pela porta pequena do Chelsea – o único clube que o despediu em toda a carreira –, e que se recusa a ver os jogos da Liga inglesa no sofá. A única certeza é que vai continuar a viver com a família em terras de Sua Majestade, o que alimenta os rumores de uma possível mudança para o United.
No mesmo dia, Guus Hiddink chegou a Londres. É um regresso do holandês, de 69 anos, a Stamford Bridge, onde em quatro meses (2008/9) somou 11 vitórias em 13 jogos e conquistou uma Taça de Inglaterra. Not bad. Foi apresentado ao plantel após o triunfo do Chelsea sobre o Sunderland (3-1) e viu o que se passou: 40 mil adeptos cantaram o nome de Mourinho a uma só voz. Cânticos que se repetiram à mesma hora em Old Trafford. Sim, leu bem.