Ahamad Mohamed al Musa, membro do “colectivo de cidadãos Raqqa está sendo massacrada” foi assassinado”, dizia-se ontem na conta do Twitter oficial do grupo.
O grupo dedica-se desde 2014 a denunciar e documentar, nas redes sociais os abusos perpetrados pelo Estado Islâmico, na cidade Síria que escolheu como capital.
Em Abril de 2014, 17 jovens lançaram esta iniciativa. Um mês depois o daesh sequestrava o primeiro elemento do grupo, Al-Mointaz Bellah Ibraim. Pouco tempo depois, mais um activista, juntamente com o seu companheiro de casa, foram mortos.
Desta vez, Ibrahim Abd al-Qader e Fares Hamadi que foram degolados, encontravam-se refugiados em Urfa, uma cidade do sul da Turquia, o que não impediu que o Estado Islâmico os assassinasse. Depois dessa acção o ISIS difundiu um vídeo em que ameaçava os restantes activistas do grupo, garantindo que nem a distância, nem as fronteiras os poderiam colocar a salvo.
O grupo de activistas que foi premiado internacionalmente pelo Comité para Protecção dos Jornalistas é a única fonte que permite conhecer fora de Raqqa o que se passa na localidade controlada pelos homens armados do Estado Islâmico. Segundo, Abu Ibrahim, 23 anos, um dos fundadores do colectivo, duas dezenas de jovens arriscam a vida diariamente para passar para fora o que acontece na cidade; e mais uma dezena de sírios exilados ajuda no estrangeiro.
Depois dos atentados em Paris, e da intensificação dos bombardeamentos internacionais sobre Raqqa, o ISIS colocou estes activistas sobre mira e tomou medidas para os poder liquidar. “Não querem que ninguém informe desde a cidade. Fecharam todos os cafés de Internet, e proibiram a sua reabertura sem uma autorização expressa dos jihadistas”, disse um activista.
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