Construção. Mercados internacionais agravam situação

Construção. Mercados internacionais agravam situação


Sector perdeu mais de 300 mil empregos numa década.


Angola
O mercado angolano sempre foi uma grande aposta para o sector da construção civil. Mas com a crise a fazer-se sentir neste país, a realidade mudou. Neste momento, o maior número de pessoas a perder os postos de trabalho pertence a este sector. E as dificuldades de Luanda em fazer pagamentos estão na origem deste corte na força laboral.

Brasil
O Brasil também foi um dos países para onde as empresas portuguesas viraram as suas atenções quando o trabalho começou a faltar em Portugal. Mas a situação tem estado a agravar-se, sendo por isso um dos países onde a Soares da Costa vai despedir trabalhadores. “Também atravessamos uma fase complicada no Brasil. O que faz com que a operação neste país esteja a ser descontinuada. Há uma recessão que afecta tudo e todos”, avança fonte oficial da Soares da Costa.

Moçambique
Países como Moçambique e Venezuela também têm contribuído para o que se tem vivido. À semelhança do que se passa em Angola, também estes países deixam de se afigurar como alternativas viáveis à falta de mercado em Portugal. “As empresas procuraram alternativas que durante alguns anos foram fortes, mas houve uma mudança de cenário e esta crise é muito grave”, afirma o presidente da FEPICOP.  

Europa
Para o sector da construção civil, o mercado europeu não é aliciante. Países como Espanha têm problemas semelhantes ao que o sector vive em Portugal. “A Europa já está estruturada. Não é um espaço onde ainda haja muito para construir ou desenvolver. A Europa é, por si, um conjunto de países que estão organizados”, explica fonte oficial da Soares da Costa, que salienta ainda que todo o mundo está a sofrer com esta crise.