Star Wars. A loucura volta a despertar

Star Wars. A loucura volta a despertar


Tan tan tan, o novo filme da saga mais intemporal dos nosso tempos chega hoje aos cinemas. Este artigo é como um mano a mano entre um fanático e um hater que não concebe tanta histeria. As questões que lê em baixo não representam uma entrevista, são apenas tópicos para melhor se entender este universo.…


Por que é que “Eu sou o teu pai” é assim tão importante se há tanta gente órfã?
A frase assim solta e dita em português perde toda a graça, aliás soa até um pouco porno-chic a fugir para o chinelo. Claro que “I am your father” na voz cava de David Prowse num momento dramático enquanto Anakin e Luke estão a lutar e as quatro-palavras-mais-importantes desde que o cinema deixou de ser mudo são ditas passam a ser a maior bomba do cinema moderno (o Apocalypse Now foi depois e graças à insistência de Lucas com Coppola). Ponto final. 

Qual é a diferença entre um avião da Easy Jet e a Millennium Falcon de Solo?
Prajá o Falcon de Han Solo é uma peça de latão (hunk of junk) e tem orgulho nisso (Han até a trata no feminino, she), além de que passa a vida a ser arranjada. Ao contrário dos aviões que andam por esse mundo e não conseguem despistar um TIE Fighter. E depois, óbvio, digam-me quem faz a Kessel Run em menos de 12 parsecs?

Que raio é aquele feixe de luz piroso que sai da espada?
Mais uma coisa que perde peso se for dita em português: sabre de luz. É um lightsaber e todos queremos ter um quando somos miúdos (isto é válido até aos 88 anos). Com som, os outros são imitações das lojas do chinês.

A sério, um monte de pêlo que não faz outra coisa senão gemer, um amontoado de lata com cockney accent e uma bola que fala com beeps enquanto pisca?
Basicamente Chewbacca, C-3PO e R2-D2 não podem ser nunca alvo de ataques desses, os quais devem ser todos canalizados para Jar Jar Binks, a personagem mais idiota do Star Wars (é cicioso e cospe tudo à sua volta).

Eram precisos tantos episódios?
A resposta certa é – não. As três prequelas podiam ir à vida. Mas há chatos que insistem em ver e, para esses, vejam só a partir do II, aquele primeiro da Ameaça Fantasma é uma seca e o Anakin em miúdo não se atura. E há uma ordem a respeitar: IV, V, II, III, VI. Se tem dúvidas vá perguntar ao Conselho (Jedi Council).

Alguém tem medo do senhor vestido de preto?
Sim e não. A figura é assustadora e a máscara, enfim, dá-lhe um ar assustador mais aquela voz e a mania de esganar quem o chateia. Mas aquela coisa de ter desistido do Bem por causa do amor (além de não ter pai e a mãe não saber como engravidou) deixa no ar umas dúvidas… 

E alguém acredita na Força?
Basicamente essa coisa da Força, que não passa de um “campo de energia criado por todas as coisas vivas que nos cercam e nos penetram e mantém a galáxia coesa”, nas palavras de Obi Wan, “provém de tudo, é tudo e de todas as coisas vivas”.  E divide-se entre o Bem e o Mal, Longe portanto dos conceitos fundamentais da Física newtoniana.
A história não é um bocado básica, do Bem contra o Mal (e claro no final ganha o Bem)?
É simplista se virmos a coisa na óptica freudiana espacial, do rapaz loiro num planeta cheio de areia, uma princesa vestida de branco a fugir do Império Galáctico titânico, uma rebelião, um eremita com uma espada luminosa e um vilão de negro. Enfim, uma saga edipiana sideral que não acaba muito bem. É mais do que isso, como se vê. Mete umas naves, corridas e perseguições entre vários planetas – e a luta contra o pai (não contamos quem ganhou). 

Star Wars e Star Trek não é a mesma coisa?
Arrrrghhhwwwwww (uma palavra feia de Chewbacca).

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