Maioria das empresas portuguesas prevê novas contratações em 2016

Maioria das empresas portuguesas prevê novas contratações em 2016


Já os aumentos previstos para o próximo ano rondam os 1,33%, ligeiramente inferiores ao ano transacto.


Cerca de 76% das empresas portuguesas prevê novas contratações em 2016. Esta é uma das conclusões do estudo Workforce+Pay 2016 lançado pela Korn Ferry. Produção, vendas e engenharia são as principais áreas onde as empresas prevêm contratar.

“Com o crescimento das exportações e um aumento da procura, as empresas procuram reforçar os seus quadros com colaboradores que assegurem as áreas produtivas.”, explica Miguel Albuquerque, Head of Productized Services do
Hay Group, acrescentando ainda que, "por outro lado, a necessidade de escoar produtos, bem como o
aumento da competitividade do mercado leva a que a empresas reforcem as suas equipas comerciais".

No entanto, quando inquiridas sobre quantos colaboradores, em média, estimam contratar em 2016, 38,6% das empresas responderam entre 4 a 9 e 28,1% referiram que iriam contratar mais de 25 colaboradores no próximo ano. Mas é nos sectores de serviços e distribuição e retalho aqueles que referem que irão contratar mais, com especial enfoque para as áreas de vendas. “O retalho contrata mais em valor absoluto, porque tem mais rotatividade e maior número de pessoas. No entanto, é importante referir que também nestas empresas assiste-se à implementação de planos de redução do investimento e contratação, podendo estar a recrutar percentualmente menos do que os outros
setores face à respetiva dimensão humana.”, acrescenta o responsável.

Aumentos salariais

Já os aumentos previstos para o próximo ano rondam os 1,33%, ligeiramente inferiores ao ano transacto (1,5%). Mas o estudo explica esta tendência: "com a incerteza política verificada e a ausência de um orçamento de Estado para 2016, leva a que as empresas revejam os aumentos salariais em baixa.”

Ainda durante o ano de 2015, 78% das empresas portuguesas superaram as previsões feitas em 2014, atribuindo um aumento salarial de 1,78% – acima dos 1,5% previstos.

Miguel Albuquerque lembra que “a recuperação económica sentida nos últimos anos, aliada ao contributo adicional feito pelos colaboradores, levaram as empresas a recompensá-los, atribuindo um valor de aumento salarial superior ao estimado inicialmente.”

O estudo permitiu ainda revelar que os ajustes salariais estiveram associados, para 60% das empresas, ao mérito e desempenho individual dos seus colaboradores.

Em comparação com o estudo efetuado no ano passado, onde 84% das empresas portuguesas estimaram aumentar os salários dos seus colaboradores, neste ano a intenção manteve-se para apenas 73% dos inquiridos.

Já em termos globais, está previsto um aumento salarial de 2,5% e, de acordo com o estudo, trata-se da subida mais elevada desde há três anos. Apesar da retracção económica, os trabalhadores na Ásia terão o maior aumento salarial no Mundo, com a China em destaque.