Como é de esperar o consumo energético dispara com a chegada do Inverno e automaticamente aumenta a factura da electricidade. O recurso a soluções de aquecimento entra na rotina da maioria dos portugueses e as ofertas disponíveis no mercado são as mais variadas e apresentam custos diferentes. Podem oscilar entre os 60 e os 123 euros por ano para custos totais energéticos a 10 anos.
A verdade é que escolher o aparelho ideal e saber usá-lo com eficácia permite poupar na factura da luz. Um factor que ganha cada vez mais importância tendo em conta que os orçamentos familiares estão cada vez mais asfixiados. Mas nem sempre é fácil saber qual é o sistema que fica mais económico. Os aparelhos de ar condicionado do tipo inverter são, sem dúvida, o sistema de eleição: além de poupados e eficientes, proporcionam um grande conforto térmico, quer de Inverno, quer de Verão.
Mas, em contrapartida, os custos de instalação desta solução podem não estar ao alcance de todos e só ao quarto ano é que pode ser considerada a alternativa mais económica. Mas com orçamentos cada vez mais apertados é natural que haja outras opções mais baratas no momento de aquisição do aparelho.
Por isso mesmo, os aquecimentos portáteis ganham grande importância. Para quem considera que esta é a melhor modalidade, a DECO aconselha o termoventilador porque apresenta um consumo menor “O preço mais reduzido e a portabilidade são as grandes vantagens: não exigem grande investimento, nem manutenção e conseguem aquecer rapidamente uma divisão. Dentro desta família, os termoventiladores e os convectores são uma solução para aquecer a casa. Porém, o cenário arrefece na hora de fazer contas ao consumo”, salienta (ver dicas ao lado).
Outra solução passa pelo ar condicionado portátil. Mas, de acordo com a associação, não é a melhor aposta. “Devido aos custos de aquisição elevados, conjugados com as baixas eficiências (muito menores do que a solução fixa), o ruído elevado e o baixo conforto, não recomendamos os aparelhos de ar condicionado portáteis”, diz.
Outras poupanças A verdade é que há medidas que pode tomar e apresentam custo zero. “É muito comum ocorrer um sobreaquecimento inútil da divisão. Evite deixá-los a funcionar durante longos períodos sem controlo. Caso sinta que a temperatura começa a ser excessiva, desligue o modelo ou reduza a regulação do termóstato de modo a que o aparelho pare ou se desligue”, aconselha a entidade.
Não se esqueça que, a par da zona do país, também a área da casa e o tipo de construção influenciam a decisão. Por exemplo, Guarda é a cidade onde mais rapidamente compensa investir numa caldeira de condensação, mas tem de esperar muito pelo retorno do investimento, já em Lisboa e no Porto há o risco de isso nunca acontecer.
Guia sos para poupar no inverno
• Opte por lâmpadas economizadoras
• Desligue carregadores da tomada e não deixe aparelhos em stand-by
• Compre electrodomésticos de classe A
• Use carregadores solares e prefira computadores portáteis que consomem menos que o desktop
• Melhore o isolamento da casa (ver coluna ao lado)
• Evite a acumulação de gelo no congelador porque aumenta o consumo energético