Também a zona do Porto e arredores não ficam esquecidos, assim como as restantes capitais de distrito. E ao contrário do que acontece com a capital, no Porto vão abrir apenas duas agências, no Município e na Boavista. Já no Algarve vão abrir dois balcões, em Faro e Portimão. Em relação às ilhas o banco CTT vai funcionar apenas em Ponta Delgada e Funchal.
Para o segunda fase está previsto o funcionamento de mais 70 agências. E de acordo com o que o i apurou, deverão arrancar a partir do segundo semestre de 2016. Nessa altura, a cidade de Lisboa vai voltar a ser reforçada com mais sete balcões: Praça do Município, Avenida de Roma, Alvalade, Olivais, Telheiras, São Domingos de Benfica e Lumiar. Já a cidade do Porto não está contemplada nesta segunda fase. E ao contrário do que aconteceu na fase anterior, nesta a zona do Algarve vai ser reforçada, em Lagoa, duas em Lagos e Portimão.
Balcões Para já, o banco dos CTT só está a disponibilizar os serviços financeiros para os trabalhadores da empresa. A agência está a funcionar neste momento no edifício Adamastor, no Parque das Nações, em Lisboa, mesmo ao lado da sede dos Correios.
De acordo com os dados a que i teve acesso, o banco está a proceder a agendamentos prévios junto dos trabalhadores interessados em abrir uma conta à ordem e disponibilizam cinco ofertas: base, colaborador CTT, ordenado, pensionista e serviços mínimos bancários. Com a excepção das últimas, as outras contas exigem um depósito mínimo inicial de cem euros.
Os trabalhadores podem também subscrever um depósito a prazo e domiciliar o seu ordenado para a instituição financeira. Neste momento, os colaboradores ainda não têm acesso a soluções de crédito, remetendo uma oferta mais alargada para 2016. “Durante o período reservado, não se encontrará disponível a contratação de crédito à habitação. Após a abertura ao público em geral, encontra-se previsto o lançamento de uma oferta simples e completa de crédito, para fins de aquisição e obras e outros produtos financeiros”, revela o documento distribuído aos trabalhadores.
O Banco CTT espera chegar a mais de 600 lojas dos Correios nos próximos três anos e só no primeiro ano espera atingir as 200 lojas, sendo que em 79 terá um espaço dedicado, passando a 400 em 2017 e atingindo as 604, a quase totalidade das lojas próprias dos CTT, em 2018.
Em relação aos balcões que vão abrir ao público, vão funcionar em três tipologias: as maiores terão um espaço dedicado ao banco, as lojas intermédias contarão com um conjunto de balcões dedicados ao Banco CTT, e, nas mais pequenas, os balcões serão multifuncionais. Como os balcões do banco vão funcionar nas actuais agências dos Correios, a empresa garante que o investimento é mais reduzido do que se tivessem de ser abertas agências em locais distintos. Mesmo assim, está previsto um investimento de cinco milhões num prazo de cinco anos.
Oferta O Banco CTT prevê em dez anos captar entre 7,5% e 10% dos 12 milhões de contas à ordem existentes em Portugal; de 3% a 4% dos 133 mil milhões de depósitos, 2% a 3% dos 107 mil milhões de hipotecas e de 0,5% a 1% do crédito ao consumo, que deverá rondar em Portugal os 24 mil milhões de euros. Começam pelos 3,7 milhões de clientes que actualmente usam os serviços dos CTT, financeiros e não só.
O presidente da nova instituição financeira, Luís Pereira Coutinho, já veio esclarecer que o banco não vai ter “produtos complexos”. A ideia é, de acordo com ex-administrador do BCP, ter “uma grande oferta de produtos de poupança com muita flexibilidade e também uma oferta alargada de cartões de débito pré-pago, crédito pessoal e crédito à habitação”.
Estas ofertas somam-se à parceria que os CTT já tem para o crédito ao consumo com a Cetelem.
O presidente da instituição financeira revela ainda que, nas primeiras fases, o banco só vai trabalhar com particulares e com algumas pequenas empresas.