Manuel Caldeira Cabral, que falava em Lisboa na abertura da conferência do Dinheiro Vivo sobre o "Papel das Empresas na Recuperação da Economia", disse que o novo Governo "assume mudança política, com prioridade ao crescimento económico, redução do desemprego e das desigualdades", pelo que "é urgente criar mais e melhor emprego e acelerar crescimento económico".
Para o novo ministro, o investimento "será a forte prioridade" e o papel das empresas "tem de ser o fator principal" pela sua capacidade "de assumir riscos que podem criar valor, criar emprego e aumentar a produtividade".
Para Caldeira Cabral, "não cabe ao Estado" o papel das empresas, "mas da mesma forma que não cabe ao Governo fazer o que é papel das empresas também não podemos esperar que sejam as empresas a fazer o que é papel do Estado".
O responsável frisou que "um país não é uma empresa, é um conjunto de empresas" e que uma "empresa tem de escolher os colaboradores que melhor servem os seus objetivos", enquanto o país "não escolhe os seus cidadãos, mas tem de arranjar resposta para todos".
"Vivemos um momento com muitas incertezas, com enormes desafios para Portugal", adiantou Caldeira Cabral, acrescentando que o atual Governo "terá de lidar com dificuldades e restrições internas e externas que limitam o leque de ações", mas assume que está confiante "no projeto mobilizador" que o executivo propõe para o país.
Lusa