“Saber exactamente qual a parte do futuro que pode ser introduzida no presente é o segredo de um bom governo”
Victor Hugo
O XXI Governo Constitucional, com apenas cinco dias de vida, já está na história.
Desde logo, pela originalidade política que permitiu a sua existência, mas também pela sua composição.
Nesta último aspecto, há que ir directo ao assunto.
António Costa quis dar um sinal claro de inclusão, ao nomear para o governo uma ministra de raça negra, uma secretária de Estado cega e outro de etnia cigana.
Nada mais louvável, se prevalecer aqui a competência para o exercício dos cargos. No caso de Francisca Van Dunem, o currículo profissional fala por ela. Pouco nos importa a cor da sua pele.
Mas, seja como for, o sinal está dado e, na minha opinião, bem dado.
Haverá também alguma demagogia associada? Talvez.
Mas, na sociedade mediática em que vivemos, estes sinais são determinantes.
Será esta composição decisiva para o sucesso deste governo?
Claro que não, até porque este governo depende pouco dele próprio e está sempre sujeito ao jogo de alianças em que se comprometeu.
O que mais seria de desejar ao XXI Governo Constitucional é que confirme a frase de Plínio, o Velho, naturalista romano do século i: “Nenhum governo é tão detestado como aquele que mais convém ao povo.”
Escreve à segunda-feira