“Tive de suportar 12 meses de inferno. As minhas crianças foram afetadas, as férias arruinadas… Nunca passei por esta situação, em que sou inocente e toda a gente pensa que sou culpada”, disse Radcliffe, numa entrevista ao The Mail on Sunday, publicada hoje.
Na passada sexta-feira, a IAAF explicou as suspeitas de doping que incidiam sobre Radcliffe resultaram de uma anomalia no passaporte biológico da britânica, “com base numa interpretação errada de dados brutos e incompletos”.
Na entrevista de hoje, Radcliffe, de 41 anos, deixou duras críticas às agências mundial e britânica antidopagem.
“Continuo muito irritada pela forma como fui tratada. Eu podia ter explicado os resultados das análises ao sangue, mas ninguém me pediu. Temos de associar os resultados a determinado contexto e ninguém o fez. Olharam para as análises e tiveram conclusões erradas”, acusou Radcliffe.
Paula Radcliffe foi três vezes vencedora da Maratona de Londres (2002, 2003 e 2005) e é detentora do recorde mundial, desde 2003, com a marcar de 2:15.25 horas.
Lusa