As datas de descobrimento do Arquipélago dos Açores são uma incógnita, existindo correntes históricas que afirmam já virem designados em mapas Genoveses desde 1351, contudo foi a partir de 1431 que as Ilhas começaram a ser povoadas.
A Ilha do Faial terá sido descoberta em 1427, tendo-se procedido à sua colonização já em 1432, por muitos naturais da Flandres. Terá recebido o nome de Faial por aqui existirem muitas destas árvores, sendo hoje também conhecida por “Ilha Azul”.
Durante muitos anos sofrendo os ataques e pilhagens violentos de Piratas e Corsários, foram construídas 21 fortalezas por toda a Ilha, hoje em dia maioritariamente desaparecidas.
A partir do século XVII o Faial sofre um profundo desenvolvimento, tornando-se um importante entreposto comercial, e mais tarde, com a exportação do importante vinho e outros produtos agrícolas, e com o incremento da indústria baleeira vê a sua riqueza e dinâmica em profuso crescimento, abalado não obstante com diversas catástrofes naturais como ciclones, sismos e erupções vulcânicas, que em muito prejudicaram o progresso da ilha.
Foi na ilha do Faial que se deu a última erupção vulcânica, em 1957 no Vulcão dos Capelinhos, cujas consequências são ainda nos dias de hoje bem visíveis, uma delas o aumento do próprio território com a solidificação da lava que ficou acima do nível do mar.
Hoje em dia a Ilha do Faial apresenta-se como um destino perfeito para todos os amantes da natureza, e tem no seu porto marítimo, na Horta, uma das suas maiores características de local hospitaleiro, por onde passam as mais variadas nacionalidades e culturas desde há largos anos.
Continuando a longa tradição Baleeira da ilha, e do Arquipélago, a Ilha do Faial é dos locais privilegiados para a Observação de Cetáceos, existindo diversas empresas que se dedicam a esta maravilhosa actividade, que permite aprazíveis momentos de lazer, contemplação e contacto com a natureza.
Terra de tradição, férteis solos e pastagens e a influência do rico Oceano Atlântico, na ilha do Faial a Gastronomia típica reúne pratos de excepção com a melhor carne, peixe, marisco, vegetais e também queijos e doces.
No Artesanato, reinam as peças feitas em osso e dente de cachalote, variados bordados, peças e objectos em vime e palha, as flores de escama de peixe, como se pode observar na interessante Escola de Artesanato do Capelo.
Portfólio completo nas Crónicas da Atlântida | uma foto por dia, uma ilha por mês, de leste para oeste, em www.ionline.pt/atlantida.
As Crónicas da Atlântida
Um projecto em que o fotojornalista António Luís Campos documenta fotograficamente o dia-a-vida das nove ilhas dos Açores – começam aqui, agora. Durante nove meses serpentearão por todas as ilhas do arquipélago, da maior para a mais pequena, em ventos que sopram de Leste para Oeste.