O Eurogrupo aguarda a formação do novo governo português para começar um trabalho conjunto, e conta com as garantias dadas pelo líder do PS relativamente ao cumprimento dos compromissos europeus, disse à Lusa o porta-voz de Jeroen Dijsselbloem.
No dia em que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, indigitou António Costa como primeiro-ministro, Michel Reijns, em resposta à agência Lusa, apontou que, “tal como o presidente do Eurogrupo disse ontem [segunda-feira], os resultados de eleições nunca são um problema” e “o Eurogrupo aguarda a formação do novo governo, com o qual vai trabalhar de perto”.
“O líder do Partido Socialista disse anteriormente que irá cumprir os compromissos europeus e nós contamos com isso”, assinalou o porta-voz do presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro.
Cavaco Silva indigitou esta terça-feira o secretário-geral do PS, António Costa, como primeiro-ministro, depois de na segunda-feira lhe ter pedido esclarecimentos, a que o líder socialista respondeu por escrito.
O Presidente da República pediu para serem clarificadas seis questões, entre as quais o “cumprimento das regras de disciplina orçamental aplicadas a todos os países da Zona Euro e subscritas pelo Estado Português, nomeadamente as que resultam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e da participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária".
“O esclarecimento destas questões é tanto mais decisivo quanto a continuidade de um governo exclusivamente integrado pelo Partido Socialista dependerá do apoio parlamentar das forças partidárias com as quais subscreveu os documentos intitulados “Posição Conjunta sobre situação política' e quanto os desafios da sustentabilidade da recuperação económica, da criação de emprego e da garantia de financiamento do Estado e da economia se manterão ao longo de toda a XIII legislatura", referia ainda o documento.
Contactada pela Lusa, a Comissão Europeia remeteu uma reacção à indigitação de António Costa como primeiro-ministro para quando o novo governo por si liderado tomar posse.
Lusa