A selecção de Oxford. As perguntas mais difíceis  para entrar no clube

A selecção de Oxford. As perguntas mais difíceis para entrar no clube


Para acabar com o mito à volta das entrevistas durante o processo de selecção, a universidade divulga algumas questões e dá pistas de possíveis respostas.


Entrar na Universidade de Oxford, no Reino Unido, é um desafio quase inultrapassável. Pelo menos é isso que boa parte dos estudantes julga. E não é caso para menos: estamos perante uma instituição com mais de 800 anos e entre as mais influentes do mundo. Não é de estranhar portanto que a selecção seja um processo complexo, a envolver testes de admissão, avaliação de currículos, referências académicas, cartas de recomendação e entrevistas presenciais ou via Skype.

Das várias etapas, a entrevista é a mais temida por ter a fama de surpreender os candidatos com perguntas bizarras e de enorme grau de dificuldade. Será mesmo assim? Para desmistificar esses rumores, a universidade instituiu recentemente a política de divulgar todos os anos algumas das perguntas que podem fazer parte da entrevista. Ao olhar para a lista de perguntas feitas aos entrevistados nos últimos anos, é difícil não pensar o contrário. “Quanto do passado se pode contar?” É uma das possíveis perguntas a um candidato a um curso de História. “A poesia deve ser difícil de entender?” “Porque é que os seres humanos têm dois olhos?”

Nenhuma das perguntas tem resposta imediata, até porque o objectivo, explica a instituição, é que o estudante seja capaz de mostrar raciocínio interdisciplinar, que pode exigir conhecimentos que vão da matemática, à história ou à psicologia. O que os examinadores pretendem é perceber o processo de pensamento de candidato perante uma pergunta inesperada.

O mais fácil será começar por fazer comentários muito óbvios e, a partir daí, ir construindo um discurso mais elaborado, contou ao jornal britânico “The Guardian” a directora de admissões em Oxford. O pior que se pode fazer é partir do princípio de que há um sentido oculto ou uma armadilha por detrás de cada pergunta, avisa Samira Khan.

E se julga que entrar em Oxford é mais difícil que ganhar na lotaria porque não é britânico, fica a saber que a maioria dos alunos admitidos (63%) são estrangeiros e mais de um em cada dez alunos de cursos de pós-graduação não é do Reino Unido.

Durante o mês de Dezembro a universidade vai conduzir mais 24 mil entrevistas para os mais de 10 mil candidatos. As perguntas são seleccionadas de entre um imenso sortido de questões propostas todos os anos pelos tutores que conduzem as entrevistas. E agora que conhece quase todos os segredos da instituição, faça o teste para saber se tem alguma hipótese.