Sexta-feira, 13 de Novembro
A meio da noite, vários ataques no centro de Paris e próximo do Estádio de França, onde decorria o jogo amigável entre França e Alemanha, provocaram 129 mortos e centenas de feridos.
No centro de Paris, os ataques ocorreram na Gare du Nord, no restaurante Petit Cambodge, no bar Le Carrilon, no Bataclan Concert Hall e no Belle Equipe Bar.
O primeiro ataque ocorreu no Estádio de França, com três bombistas-suicidas a accionarem coletes de explosivos às 21:20 (20:20 em Lisboa), às 21:30 e às 21:53.
Os ataques no centro de Paris começaram às 21:25 e às 21:40 os terroristas ocuparam o Bataclan.
Os autores dos atentados utilizaram pelo menos duas viaturas, já recuperadas pelas autoridades.
O Presidente francês, François Hollande, decretou o estado de emergência e o encerramento das fronteiras de França na sequência de "ataques terroristas sem precedentes".
Vários líderes mundiais reagem aos atentados terroristas, muitos dos quais a afirmarem estar horrorizados e chocados. O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou que os ataques visaram toda a humanidade.
Sábado, 14 de Novembro
Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo as autoridades francesas.
As primeiras investigações aos atentados estabelecem ligações entre os terroristas e a Bélgica.
O Daesh (grupo extremista Estado Islâmico) reivindicou, em comunicado, os atentados terroristas de Paris.
No comunicado, referem que oito pessoas, com coletes e espingardas de assalto, visaram locais “escolhidos cuidadosamente no coração de Paris”.
O Daesh salienta que os ataques foram uma resposta aos “bombardeamentos muçulmanos na terra do califado”, termo que o grupo extremista utiliza para designar as regiões do Iraque e da Síria que actualmente controla.
Primeiro atacante a ser identificado é Omar Mostefai, 29 anos, nacionalidade francesa e filho de uma portuguesa e de um argelino.
Monumentos e edifícios de todo o mundo “vestiram” as cores da bandeira francesa em solidariedade com a França, incluindo a Torre de Belém, em Portugal.
Os chefes de Estado de França e dos Estados Unidos prometem reforçar a cooperação bilateral contra o terrorismo.
PSP, em Lisboa, reforçou a segurança das embaixadas de França, Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha em Lisboa, bem como nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro.
Secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, confirma a morte de dois portugueses nos atentados.
Atentados matam também um espanhol, dois belgas, dois romenos e duas tunisinas.
Várias pessoas detidas na Bélgica na sequência de operações policiais. O Governo anuncia controlo de fronteiras, bem como alerta máximo para eventos desportivos e manifestações.
Rússia colocou os serviços de segurança nacional em alerta máximo.
A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, afirmou que “França e os franceses já não estão seguros” e exigiu que o país recupere o controlo das suas fronteiras e encerre as mesquitas que propagam o radicalismo.
A Polónia não poderá respeitar os acordos europeus de recolocação de migrantes, na sequência dos atentados de Paris, afirmou Konrad Szymanski, futuro ministro dos Assuntos Europeus no governo conservador polaco em formação.
Domingo, 15 Novembro
Divulgadas as primeiras conclusões da investigação: atentados de Paris foram cometidos por pelo menos sete terroristas, divididos em três equipas, e organizados a partir da Bélgica com cúmplices em França.
As autoridades admitiram também a possibilidade de um oitavo atacante estar em fuga.
Detidas pelo menos sete pessoas entre sábado e domingo na Bélgica, autoridades emitem mandado de detenção internacional contra um suspeito que poderá estar em fuga.
A polícia francesa divulga uma fotografia e um nome: Abdeslam Salah, nascido em Bruxelas. É considerado “perigoso” pelas autoridades.
Aviões franceses largaram 20 bombas na zona de influência do auto-proclamado Estado Islâmico, em Raqa, no leste da Síria, destruindo um posto de comando e um campo de treino.
Segunda-feira, 16 Novembro
Governo francês anuncia que concertos e iniciativas festivas durante a Conferência da ONU sobre o Clima, que começa a 29 de Novembro em Paris, estão cancelados.
Ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, anuncia a detenção de 23 pessoas para interrogatório e apreensão de 31 armas nas vastas operações de busca realizadas domingo.
As autoridades colocaram também em prisão domiciliária 104 pessoas e realizaram 168 registos para investigação.
Grupo de “hackers” Anonymous declara guerra contra o auto-denominado Estado Islâmico e promete vingança pelos ataques de Paris.
Presidente francês, François Hollande, pediu ao parlamento para prolongar o estado de emergência por três meses.
Autoridades belgas acusam de ligação ao terrorismo dois dos detidos durante o fim de semana.
Chefe da diplomacia de Portugal, Rui Machete, afirma que “não existem garantias absolutas” de que o país não possa ser alvo de ataques terroristas e justifica “medidas cuidadosas de segurança”.
Director da CIA, John Brennan, considerou que grupo extremista Estado Islâmico tem provavelmente em preparação outras operações semelhantes.
Os chefes de Estado e de Governo do G20 (Grupo dos 20 países mais ricos do mundo) declararam que a luta antiterrorista é “uma prioridade” e decidiram reforçar as medidas contra “combatentes terroristas estrangeiros”.
Terça-feira, 17 Novembro
Noticiado que o Presidente russo, Vladimir Putin, declarou durante a cimeira do G20 que pelo menos 40 países financiam o grupo extremista Estado Islâmico, entre os quais alguns membros do grupo dos 20 países mais ricos do mundo.
Polícia francesa realiza 128 rusgas
Aviação francesa bombardeia novamente o principal reduto do grupo extremista Estado Islâmico no norte da Síria.
Cancelados jogos de futebol amigáveis entre as selecções da Alemanha e Holanda (previsto realizar-se em Hannover) e entre as selecções da Bélgica e Espanha (que deveria ter sido realizado em Bruxelas).
Movimento de ‘hackers’ Anonymous afirma ter desactivado mais de 5.500 contas nas redes sociais relacionadas com o grupo extremista Estado Islâmico.
Quarta-feira, 18 Novembro
Operação policial antiterrorista em Saint Denis, a norte de Paris, faz dois mortos, incluindo uma mulher que accionou um cinto de explosivos. Oito pessoas detidas.
A operação visava deter Abdelhamid Abaaoud, também conhecido por Abu Muhammad al-Shimali,considerado o “cérebro” dos atentados.
Governo francês proíbe manifestações que estavam planeadas para a Cimeira da ONU sobre o Clima. A cimeira vai decorrer entre dia 29 de Novembro e 12 de Dezembro.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pede uma “solução global” contra o terrorismo durante um contacto telefónico com o chefe de Estado francês em que expressou solidariedade pelos atentados.
Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de cinco milhões de dólares por qualquer informação que conduza à captura ou à localização do alegado cérebro do atentado de Paris, Abu Muhammad al-Shimali.
O porta-aviões francês Charles-de-Gaulle, com 26 aviões de combate a bordo, zarpa do porto de Toulon (sudeste da França) em direcção ao Mediterrâneo oriental, onde vai participar no combate ao grupo Estado Islâmico (EI).
Quinta-feira
A Rússia declara-se pronta a cooperar com a coligação dirigida pelos Estados Unidos contra o grupo radical Estado Islâmico (EI) na Síria, na condição de ser respeitada a soberania das autoridades de Damasco.
Lusa