A comissão de trabalhadores da TAP promove esta quarta-feira um plenário geral de trabalhadores para defender a reversão da privatização da companhia, tendo convidado os partidos que se opõem à venda e a Associação Peço a Palavra.
O novo coordenador da comissão de trabalhadores explicou à Lusa que "o objectivo é reverter o negócio de venda", considerando que "é uma empresa demasiado importante" para ficar nas mãos de privados.
Em declarações à Lusa, José Augusto escusou-se a comentar qual o modelo defendido após uma eventual reversão do contrato fechado na passada quinta-feira com o consórcio Gateway, considerando que "este não é o momento de discutir percentagens, mas sim de reverter a privatização".
Segundo o responsável, para o plenário geral de trabalhadores, que tem início marcado para as 15:00, foram convidados representantes dos partidos que compõem a maioria da Assembleia da República (PS, CDU e Bloco de Esquerda) — que advogam a reversão do negócio fechado pela coligação PSD/CDS-PP – e a Associação Peço a Palavra, que tem liderado a luta contra a privatização.
Na sexta-feira, os novos donos da TAP – David Neeleman e Humberto Pedrosa – reuniram-se com os trabalhadores, para apresentar alguns dos planos para a transportadora, um dia depois de terem fechado a compra de 61% do capital.
Nesse encontro, David Neeleman defendeu que as companhias 'low cost' são o maior desafio da TAP, revelando que o plano é praticar tarifas baixas para "quem quiser viajar atrás e mais apertado", por forma a competir com a Ryanair e com a easyJet.
Numa intervenção animada, David Neeleman revelou que a encomenda de 53 novos aviões à Airbus já tinha sido feita, apelando ao esforço de todos os trabalhadores, para construir "uma TAP forte", "a melhor linha aérea da Europa e quem sabe do mundo".
"A gente não pode ter sucesso sem vocês. Vamos conseguir a melhor linha aérea da Europa e quem sabe do mundo", lançou.
A Parpública anunciou na quinta-feira à noite a assinatura do acordo de conclusão da venda direta de 61% do capital da TAP ao consórcio Gateway.
Lusa