A decisão foi tomada na conferência de líderes parlamentares desta quarta-feira, depois do PCP (o primeiro a propor) pedir que fosse retirado o agendamento da sua iniciativa legislativa a defender a reposição dos feriados, até que terminem os prazos para a discussão pública do mesmo. Em vez dos feriados, na sexta-feira, o parlamento debaterá os projectos da esquerda e também do PAN sobre a adopção por casais do mesmos sexo.
Depois da reunião, apenas PSD e CDS quiseram falar aos jornalistas, com Nuno Magalhães a retomar um ponto frisado pelo seu partido sobre a "exigência da discussão laboral, da discussão pública e também com a Santa Sé". Entre os feriados que estão suspensos desde 2012 constam dois civis (1º de Dezembro e 5 de Outubro) e dois religiosos (Corpo de Deus e o dia de Todos os Santos, celebrado a 1 de Novembro).
Já Hugo Soares, do PSD, também frisou que a discussão de repor feriados "tem de ser discutida e avaliada" pela concentração social, atirando ao PS que cujo "projecto não reporta à concentração social" e acusando a esquerda de querer "substituir a concentração social pelo parlamento". "Há uma lógica excessiva de parlamentarização da vida política", afirmou o vice da bancada do PSD.
Neste momento o parlamento tem maioria para aprovar a reposição dos feriados e mesmo o PSD e o CDS propõem a revisão do que foi acordado em 2012.