Vistos Gold. MP quer proibir Miguel Macedo de contactar outros arguidos

Vistos Gold. MP quer proibir Miguel Macedo de contactar outros arguidos


O Ministério Público (MP) propõe que o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo seja proibido de contactar com os restantes arguidos e testemunhas do processo “vistos ´gold”, segundo o despacho de acusação hoje conhecido.


Miguel Macedo, que hoje foi acusado de três crimes de prevaricação de titular de cargo político e um crime de tráfico de influência, estava com Termo de Identidade e Residência (TIR), propondo agora o MP uma alteração da medida de coação para proibição de contactos com os restantes arguidos e testemunhas.

Na acusação, o MP justifica esta alteração com a “necessidade de preservar a integridade da prova” e “o relacionamento próximo” de Miguel Macedo com alguns dos demais arguidos, apontando também “o ascendente do arguido sobre algumas das testemunhas” do processo.

O MP propõe também alterações das medidas de coação da ex-secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes e do ex-director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Manuel Jarmela Palos, que viram revogadas algumas das restrições, ficando ambos proibidos de se ausentar do país e de contactar arguidos e testemunhas.

Manuel Jarmela Palos, acusado de um crime de corrupção passiva e dois de prevaricação, viu revogada a medida de coação de suspensão do exercício da profissão e da actividade pública, bem como a obrigação de não frequentar instalações do Ministério da Administração Interna.

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António Figueiredo, acusado de 12 crimes, mantém a medida de coação mais gravosa, estando sujeito a obrigação de permanência na residência com pulseira electrónica.

A Operação Labirinto, que envolveu várias buscas e 11 detenções em Novembro de 2014, está relacionada com a aquisição de vistos 'gold' e investigou indícios de corrupção activa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.

Miguel Macedo demitiu-se do cargo de ministro da Administração Interna a 16 de Novembro do ano passado.

Lusa