O terror em Paris


A maior incompreensão que existiu entre a Europa e a América resultou da forma diferente como uma e outra entenderam o 11 de Setembro. Para a Europa tratou-se de um simples ataque terrorista, enquanto a América o considerou um acto de guerra, com todas as consequências que a guerra implica, designadamente a deslocação de exércitos…


A maior incompreensão que existiu entre a Europa e a América resultou da forma diferente como uma e outra entenderam o 11 de Setembro. Para a Europa tratou-se de um simples ataque terrorista, enquanto a América o considerou um acto de guerra, com todas as consequências que a guerra implica, designadamente a deslocação de exércitos para combater no estrangeiro.

Agora a Europa sofre a 13 de Novembro um ignóbil e cobarde ataque na sua mais bela cidade e Hollande diz finalmente o óbvio: foi um acto de guerra. Mas de imediato surge um coro de vozes a procurar desculpabilizar o ataque, atribuindo as culpas a Bush, à Cimeira das Lajes, ao controlo da entrada dos refugiados, etc. Parece que na Europa há muita gente que vive com uma espécie de síndrome de Estocolmo, pelo que quando sofre um ataque manifesta compreensão e até simpatia pelos agressores.

A Europa não tem qualquer culpa da guerra civil na Síria. É, no entanto, manifesto que não pode permitir a criação de um estado terrorista, que já causou um número enorme de mortos e refugiados, destruiu património cultural da humanidade e está na disposição de a todo o tempo lançar atentados no coração da Europa. A primeira função de qualquer estado é proteger os seus cidadãos, mesmo que para isso seja necessário travar uma guerra. A França já retaliou com bombardeamentos, mas isso não chega. São precisas tropas no terreno para erradicar de vez esta ameaça. Se a Europa quer manter o seu modo de vida, tem de estar preparada para o defender.

Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Escreve à terça-feira  

O terror em Paris


A maior incompreensão que existiu entre a Europa e a América resultou da forma diferente como uma e outra entenderam o 11 de Setembro. Para a Europa tratou-se de um simples ataque terrorista, enquanto a América o considerou um acto de guerra, com todas as consequências que a guerra implica, designadamente a deslocação de exércitos…


A maior incompreensão que existiu entre a Europa e a América resultou da forma diferente como uma e outra entenderam o 11 de Setembro. Para a Europa tratou-se de um simples ataque terrorista, enquanto a América o considerou um acto de guerra, com todas as consequências que a guerra implica, designadamente a deslocação de exércitos para combater no estrangeiro.

Agora a Europa sofre a 13 de Novembro um ignóbil e cobarde ataque na sua mais bela cidade e Hollande diz finalmente o óbvio: foi um acto de guerra. Mas de imediato surge um coro de vozes a procurar desculpabilizar o ataque, atribuindo as culpas a Bush, à Cimeira das Lajes, ao controlo da entrada dos refugiados, etc. Parece que na Europa há muita gente que vive com uma espécie de síndrome de Estocolmo, pelo que quando sofre um ataque manifesta compreensão e até simpatia pelos agressores.

A Europa não tem qualquer culpa da guerra civil na Síria. É, no entanto, manifesto que não pode permitir a criação de um estado terrorista, que já causou um número enorme de mortos e refugiados, destruiu património cultural da humanidade e está na disposição de a todo o tempo lançar atentados no coração da Europa. A primeira função de qualquer estado é proteger os seus cidadãos, mesmo que para isso seja necessário travar uma guerra. A França já retaliou com bombardeamentos, mas isso não chega. São precisas tropas no terreno para erradicar de vez esta ameaça. Se a Europa quer manter o seu modo de vida, tem de estar preparada para o defender.

Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Escreve à terça-feira