Com “a França em guerra”, Hollande promete intensificar ataques na Síria

Com “a França em guerra”, Hollande promete intensificar ataques na Síria


Presidente francês pediu, em Versalhes, uma revisão constitucional para poder prolongar estado de emergência. E anunciou que irá reunir-se já nos próximos dias com Obama e Putin.


Perante as duas câmaras do parlamento francês, numa reunião extraordinária em Versalhes, o presidente francês disse, três dias depois dos atentados que na sexta-feira espalharam o terror em Paris, que “a França está em guerra”. E, como momentos excepcionais exigem medidas excepcionais, Hollande não só prometeu intensificar os ataques ao auto-proclamado Estado Islâmico na Síria como pediu também alterações à Constituição, para melhor poder fazer face à ameaça do terrorismo.

Perante as duas câmaras do parlamento francês, numa reunião extraordinária em Versalhes, o presidente francês disse, três dias depois dos atentados que na sexta-feira espalharam o terror em Paris, que “a França está em guerra”. E, como momentos excepcionais exigem medidas excepcionais, Hollande não só prometeu intensificar os ataques ao auto-proclamado Estado Islâmico na Síria como pediu também alterações à Constituição, para melhor poder fazer face à ameaça do terrorismo.

Depois de um minuto de silêncio pelos mortos nos atentados sem precedentes da última sexta-feira em Paris, Hollande fez um discurso com vários anúncios. No plano externo, o presidente francês informou que que já pediu que o Conselho de Segurança da ONU se reunisse “prontamente” para aprovar uma resolução que marque uma “posição comum de luta contra o terrorismo”. Anunciou ainda que já nos próximos dias irá reunir-se com os presidentes dos EUA e da Rússia, para a intensificação dos ataques na Síria. 

Referindo-se o Estado Islâmico como “o inimigo” – “na Síria, procuramos incansavelmente uma solução política da qual Bashar Al-Assad não faça parte. Mas o nosso inimigo na Síria é o Daesh [acrónimo árabe para Estado Islâmico] – Hollande prometeu “intensificar os ataques contra o Daesh”, adiantando que o porta-aviões Charles-de-Gaulle estacionará no Mediterrâneo oriental. “Isso triplicará a nossa capacidade de acção.”

Hollande pediu também uma alteração aos artigos 16.º e 36.º da Constituição francesa, para que o estado de emergência, que não era decretado desde a guerra da Argélia e a lei francesa não permite que se estenda para lá de 12 dias, possa ser prolongado por três meses. “Estamos em guerra”, justificou. “Esta guerra de um outro tipo obriga a um regime constitucional que permita gerir a situação de crise.”