Perante as duas câmaras do parlamento francês, numa reunião extraordinária em Versalhes, o presidente francês disse, três dias depois dos atentados que na sexta-feira espalharam o terror em Paris, que “a França está em guerra”. E, como momentos excepcionais exigem medidas excepcionais, Hollande não só prometeu intensificar os ataques ao auto-proclamado Estado Islâmico na Síria como pediu também alterações à Constituição, para melhor poder fazer face à ameaça do terrorismo.
Perante as duas câmaras do parlamento francês, numa reunião extraordinária em Versalhes, o presidente francês disse, três dias depois dos atentados que na sexta-feira espalharam o terror em Paris, que “a França está em guerra”. E, como momentos excepcionais exigem medidas excepcionais, Hollande não só prometeu intensificar os ataques ao auto-proclamado Estado Islâmico na Síria como pediu também alterações à Constituição, para melhor poder fazer face à ameaça do terrorismo.
Depois de um minuto de silêncio pelos mortos nos atentados sem precedentes da última sexta-feira em Paris, Hollande fez um discurso com vários anúncios. No plano externo, o presidente francês informou que que já pediu que o Conselho de Segurança da ONU se reunisse “prontamente” para aprovar uma resolução que marque uma “posição comum de luta contra o terrorismo”. Anunciou ainda que já nos próximos dias irá reunir-se com os presidentes dos EUA e da Rússia, para a intensificação dos ataques na Síria.
Referindo-se o Estado Islâmico como “o inimigo” – “na Síria, procuramos incansavelmente uma solução política da qual Bashar Al-Assad não faça parte. Mas o nosso inimigo na Síria é o Daesh [acrónimo árabe para Estado Islâmico] – Hollande prometeu “intensificar os ataques contra o Daesh”, adiantando que o porta-aviões Charles-de-Gaulle estacionará no Mediterrâneo oriental. “Isso triplicará a nossa capacidade de acção.”
Hollande pediu também uma alteração aos artigos 16.º e 36.º da Constituição francesa, para que o estado de emergência, que não era decretado desde a guerra da Argélia e a lei francesa não permite que se estenda para lá de 12 dias, possa ser prolongado por três meses. “Estamos em guerra”, justificou. “Esta guerra de um outro tipo obriga a um regime constitucional que permita gerir a situação de crise.”