Coimbra. A ciência detrás da comunicação

Coimbra. A ciência detrás da comunicação


SOPCOM 2015 termina hoje o seu congresso.


O nono congresso da SOPCOM termina este sábado, depois da passagem de mais de 400 conferencistas pela Universidade de Coimbra e da Escola Superior de Educação de Coimbra, atraídos pelo tema “Comunicação e Transformações Sociais”.

A maior associação de ciências de comunicação do país organiza um evento científico de dois em dois anos, para que os vários investigadores da área possam partilhar conhecimento. Mas há pouco tempo de pausa. A organizadora Rita Basílio explica que as preparações começaram no início do ano lectivo. Tanto o convite das “estrelas da área”, os conferencistas renomados, como a parte mais burocrática de organização dos espaços. “Há uma fase inicial que é assustadora, porque só se veem as despesas”, recorda Carlos Camponez, outro membro da organização. Menciona a dificuldade em criar parcerias em tempo de crise, e as dificuldades económicas e financeiras que um projecto de grande envergadura gera. Porém, não tem queixas – “a adesão superou as nossas expectativas, e as aflições internas foram todas resolvidas”. De entre a correria entre sessões paralelas a decorrerem em simultâneo esgotaram-se pastas para os ouvintes e a comida dos coffee breaks desapareceu para barriga incerta.

Desde questões de género dos media, como a cobertura de cenários de guerra por jornalistas mulheres, no pré-congresso, a apresentações sobre a cobertura de casos de corrupção política, foram muitos os temas abordados relacionados com a comunicação. “Não se falou de coisas exóticas, são sessões perfeitamente acessíveis ao cidadão comum”, disse Carlos Camponez. Crê que linguagem científica aparte, se trataram no Congresso de questões públicas. “Muitas das transformações que se realizaram nos ultimos anos dão-se na comunicação em geral, e consequentemente social. A sociedade é o resultado disso. Ao ponto de hoje haver uma série de interrogações sobre o que é o futuro”.

As candidaturas para orador foram muitas, e multiculturais “da Austrália até países africanos”, cuja escolha foi feita através de arbitragem cega, indicou Rita Basílio. Professora na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, juntou-se a colegas da UC, ao CEIS 20 (Centro de Estudos Interdisciplinares do Século vinte) e à Escola Superior de Educação de Coimbra para organizar o IX Congresso da SOPCOM. Os convidados vieram de Espanha, Brasil, Estados Unidos, Irlanda e Portugal. De entre os alunos voluntários, Sara Graça, de 20 anos, refere a importância de “uma oportunidade a aproveitar para expandir a minha experiência na organização de eventos.”