O Ministério do Interior francês, que anunciou a medida no princípio deste mês, justificou os controlos devido ao "contexto de ameaças terroristas ou de risco de alteração da ordem pública", num momento em que vão estar presentes na cidade vários chefes de Estado e de governo e numerosas delegações.
De acordo com o ministro Bernard Cazeneuve, "não se trata de suspender Schengen", dado que os acordos permitem aos Estados a reposição dos controlos de fronteiras "em circunstâncias especiais".
O Governo francês mobilizou 30 mil agentes e vai executar os controlos em 285 pontos situados em estações de transportes terrestres, aeroportos e autoestradas.
O porta-voz do ministério, Pierre-Henry Brandet, sublinhou que os controlos aleatórios são restabelecidos não só devido à ameaça terrorista, como também para travar activistas radicais que podem desencadear confrontos nas grandes manifestações previstas.
Paris lembrou que este tipo de medidas já foram tomadas em outros países em cimeiras anteriores, acrescentando que dez dias antes do início da conferência vão ser reforçados os controlos e quatro dias antes vão passar a ser "mais sistemáticos".
Lusa