Marques Guedes acusa PS de arrogância e justifica venda da TAP

Marques Guedes acusa PS de arrogância e justifica venda da TAP


Marques Guedes acusou os socialistas de fazerem uma “pressão sobre a Parpública”.


O ministro da Presidência disse esta quinta-feira que o "iminente colapso" financeiro da TAP levou o Governo a actuar de imediato no fecho da privatização da empresa, acusando o PS de estar a ser "prepotente" e "arrogante" sobre a matéria.

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"Os governos quando estão em gestão aquilo que podem fazer é limitar-se à prática de actos urgentes e inadiáveis para o tratamento dos negócios públicos e funcionamento da administração", disse Luís Marques Guedes em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros.

A TAP, sublinhou, encontra-se num "iminente colapso financeiro" e há o "risco objectivo de aviões ficarem sem gasolina e os próprios salários de muitos trabalhadores da empresa" estarem ameaçados.

"A entrada de capitais na empresa é inadiável", prosseguiu o governante, e "é essa a razão pelo que o governo, embora em gestão, não pode deixar cair a empresa".

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros a minuta final do acordo relativo à conclusão do processo de privatização da TAP, considerando que a celebração do contrato é uma necessidade urgente e inadiável.

O PS apelou na quarta-feira em carta enviada ao presidente da Parpública, gestora das participações públicas, para que não fechasse a venda dos 61% da TAP ao consórcio Gateway, realçando que "não estão reunidas as condições legais nem políticas para que se mantenha este processo de reprivatização".

Sobre esta matéria, Marques Guedes acusou os socialistas de fazerem uma "pressão sobre a Parpública", uma "atitude de uma enorme prepotência e de uma profunda hipocrisia".

"Aquela carta é uma ameaça à administração da Parpública", advertiu o ministro da Presidência, e a missiva "revela uma prepotência e arrogância que de facto surpreende".

E acrescentou: "Não acredito que um partido como o PS desconheça a situação da empresa".

Os socialistas recordaram que a assinatura dos contratos ocorre "num período em que o Governo se encontra com poderes de gestão face à demissão ocorrida no dia 10 de Novembro na Assembleia da República com a votação da rejeição do programa do XX Governo" de PSD e CDS-PP.

Lusa