Figueira da Foz. Naufrágio de arrastão custa 1,4 milhões à seguradora

Figueira da Foz. Naufrágio de arrastão custa 1,4 milhões à seguradora


O naufrágio do arrastão ocorrido no início de Outubro na Figueira da Foz vai custar cerca de 1,4 milhões de euros em seguros, entre indemnizações aos familiares das cinco vítimas mortais e seguro da embarcação naufragada, disse a seguradora.


Em declarações à agência Lusa, Adelino Cardoso, director de acção cooperativa e comunicação da seguradora Mútua dos Pescadores, explicou que o pagamento de seguros relacionados com o naufrágio importa em cerca de 1,4 milhões de euros, cerca de um milhão relativo aos seguros de acidentes de trabalho e pessoais obrigatórios por lei das cinco vítimas mortais e 400 mil à apólice de seguro marítimo do armador do arrastão.

Em comunicado, a Mútua de Pescadores informou que "vai iniciar de imediato e voluntariamente, sob a forma de prestações provisórias", o pagamento de pensões aos beneficiários legais das vítimas mortais (viúvas e filhos menores), até que o Tribunal de Trabalho regule, de acordo com a lei, as pensões definitivas a pagar pela seguradora, no âmbito dos seguros de acidentes de trabalho.

Já o seguro de acidentes pessoais por morte ou invalidez permanente leva a que cada família dos pescadores mortos receba 50 mil euros.

Quanto ao arrastão Olívia Ribau, que permanece no rio Mondego, junto ao molhe sul do porto da Figueira da Foz, "os trabalhos para o seu salvamento iniciaram-se no dia seguinte ao sinistro, envolveram importantes meios materiais e humanos e neste momento procede-se à limpeza do seu interior que irá possibilitar o apuramento dos danos", revela o comunicado.

Questionado sobre se a embarcação – que deverá ser rebocada para os estaleiros navais do Mondego nos próximos dias – vai ser reparada ou desmantelada, Adelino Cardoso respondeu que "ainda é cedo para fazer previsões".

"Foi posta a flutuar, está a ser limpa de areias do seu interior, para se poder fazer uma peritagem alargada e avaliar os danos. Só quando estiver cá fora será tomada uma decisão", indicou.

No arrastão Olívia Ribau naufragado a 06 de Outubro à entrada do porto da Figueira da Foz, seguiam sete pescadores. Dois foram resgatados com vida, uma hora depois do acidente, por uma moto de água da Polícia Marítima, e cinco morreram.

Lusa